O Estadão descreve o caso como mais uma “distorção” no inquérito das milícias digitais e critica o que considera uma “barafunda interminável” no sistema de justiça brasileiro. 

Um editorial do jornal O Estado de São Paulo publicado nesta sexta (15) questionou a condução pelo STF da investigação do caso de invasão digital sofrida por Janja da Silva, esposa do presidente Lula. No artigo publicado  o jornal aponta uma incoerência na decisão da Corte, já que Janja, como primeira-dama, não possui foro privilegiado segundo a Constituição. O veículo destaca que, de acordo com as leis vigentes, tais investigações caberiam à Polícia Civil, e não ao Supremo Tribunal Federal.

O periódico faz uma comparação com um caso semelhante ocorrido em 2016, envolvendo Marcela Temer, então vice-primeira-dama.

Na ocasião, a Polícia Civil de São Paulo foi responsável pelas investigações, resultando na condenação do culpado. O Estadão questiona a mudança de procedimento em casos semelhantes, enfatizando a falta de alterações legais que justifiquem tal diferença no tratamento das situações.

O editorial conclui com uma crítica à extensão das interpretações legais no combate a ofensas digitais, em especial quando as vítimas são figuras públicas ou a elas relacionadas.

O Estadão descreve o caso como mais uma “distorção” no inquérito das milícias digitais e critica o que considera uma “barafunda interminável” no sistema de justiça brasileiro.