Colegiado determinou que o ministro da Justiça fornecesse imagens em 48 horas e prazo expirou

O prazo de 48 horas estipulado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro para a entrega das imagens internas do ministério foi desrespeitado, de acordo com informações. Foi declarado pelo presidente da comissão, Arthur Maia (União Brasil-BA), durante a retomada dos trabalhos na última terça-feira (1º), que a solicitação para o fornecimento das imagens por parte de Flávio Dino seria submetida ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a obrigatoriedade fosse determinada. O argumento para a negativa do fornecimento das gravações, segundo o ministro da Justiça, é que elas fazem parte de um inquérito sigiloso em tramitação no STF.

A requisição de informações e documentos endereçada formalmente à CPMI não foi cumprida pelo ministro Flávio Dino, segundo observações. Foi mencionado que a decisão de não enviar as imagens requisitadas foi tomada de forma livre e consciente, dada a sua experiência como ex-membro do Poder Judiciário e detentor de altos cargos no Parlamento e no Poder Executivo. Diante do avanço das investigações sobre atos e omissões de autoridades do Governo Federal, a possível intenção de encobrir as imagens para proteger agentes públicos de postos estratégicos foi ressaltada no documento.

Ao jornal O Globo, Flávio Dino afirmou que não houve recusa ao fornecimento das imagens, mas ressaltou que a CPMI deveria solicitar as imagens diretamente ao inquérito policial. Em um pronunciamento posterior no Twitter, o ministro da Justiça rejeitou as acusações da oposição, destacando que não adianta inventar fatos para ocultar verdades. Ele atacou a oposição, referindo-se a tentativas de fraude eleitoral e de golpe de estado que, segundo ele, foram malsucedidas, assim como uma tentativa de ataque ao Aeroporto de Brasília.

Por portal Novo Norte