Dados são do SUS que destaca a importância dos cuidados com coração

Um aumento de 25% no total de internações por infarto no Brasil nos últimos seis anos foi observado de acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS). O número de casos passou de 81.505 em 2016 para mais de 100 mil em 2022.

Para discutir possibilidades de reverter esse cenário, o Encontro Internacional de Cardiologia Intervencionista, o maior evento da América Latina dedicado a esse tema, conta com a participação de especialistas nesta semana, no Rio de Janeiro.

Foi destacado pelo diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, o cardiologista Roberto Botelho, que a saúde cardiovascular representa um dos maiores desafios da área da saúde. A relação entre menor renda per capita e nível educacional da população e os indicadores de saúde cardiovascular mais desfavoráveis, levando a uma maior mortalidade por infarto e aumento da hipertensão, foi comprovada por um estudo realizado em 60 países.

Roberto Botelho enfatiza a urgência de investir em recursos tecnológicos para prevenção e tratamento e ressalta a importância de uma análise mais minuciosa dos impactos das doenças cardiovasculares. Ele observa que os gastos vão além do sistema de saúde, influenciando a economia devido aos custos secundários, como a redução da produtividade daqueles que sofrem das doenças.

Uma nota positiva é que, de acordo com Roberto Botelho, 85% dos riscos associados a doenças cardiovasculares podem ser evitados por meio de hábitos saudáveis. Ele enfatiza que a prática regular de exercícios, uma dieta saudável, técnicas para gerenciar o estresse e a manutenção de um intestino saudável têm um impacto transformador na saúde tanto individual quanto populacional, e isso depende principalmente da disposição e priorização de tempo. O Sistema Único de Saúde oferece serviços gratuitos para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares nas Unidades Básicas de Saúde.

Por portal Novo Norte