Luana Caetano, doceira e empreendedora na loja de brownies ‘BLú’ - Divulgação

Em tempos de COVID-19, empreender tem sido a alternativa de muitas pessoas após perderem seus empregos nos últimos meses

Demissões, empresas falidas, empresários buscando empréstimos para manterem seus negócios e pessoas se reinventando frente à crise econômica, esse é o cenário diante da pandemia do coronavírus que tumultuou a economia nos últimos meses.

A empreendedora Gabriela Ayala, é salgadeira – Divulgação

Em Macaé, não sendo diferente de todo o estado do Rio de Janeiro, empreender tem sido a forma de muitas pessoas driblarem as dificuldades financeiras, garantindo, assim, o sustento de seus lares e, consequentemente, de seus familiares.

Segundo Luana Caetano, moradora de Rio das Ostras, auxiliar de serviços gerais que também vem atuando como doceira, é nas dificuldades que se aprende a valorizar os próprios talentos, reconhecendo que não se pode ficar de braços cruzados aguardando algo de bom acontecer.

“Comecei a fazer ‘brownies’ recheados após ter a minha jornada de trabalho reduzida devido à pandemia. Hoje, com ajuda do meu marido que faz as entregas e, da minha filha, estamos acreditando e investindo num sonho, com o propósito de construir nossa casa. Estamos trabalhando arduamente de domingo a domingo com simplicidade, mas com muito amor e carinho pelos clientes e amigos”, ressalta.

De acordo com a doceira, por menor que seja o empreendimento, deve-se ter os melhores produtos para a confecção dos ‘brownies’, organização e apresentação final do produto, para conseguir conquistar não só clientes, mas amigos. “Estamos informais, mas em breve iremos nos legalizar, contando assim, com uma série de benefícios de um microempreendedor”, revela.

Com o intuito de evitar uma crise econômica no Brasil ainda mais expressiva, o governo vem lançando inúmeros programas de créditos nos últimos meses. O auxílio emergencial de R$ 600,00 sob vigência inicial de três meses, por exemplo, é um desses que vem auxiliando microempreendedores individuais (MEIs), autônomos, desempregados e os trabalhadores informais; como no caso da Luana.

Apesar de outras medidas como redução da jornada de trabalho, suspensão de contratos e linha de créditos para micro e pequenas empresas que vem sendo adotadas a fim de minimizarem tais impactos, a Gabriela Ayala, proprietária de uma loja de móveis planejados em Macaé, é um dos exemplos que viu no ramo dos salgados, uma forma de se reinventar.

“Decidi fazer empadões e quiches para vender via delivery após a produção da nossa loja cair significativamente e, quem é pequeno empresário sabe que quando as vendas caem não se tem para onde correr, então optei por um novo empreendimento, algo que eu pudesse fazer de casa, em meio ao isolamento social”, declara.

Vale lembrar que empreendedorismo consiste no ato de implementar um novo negócio ou apenas mudar os rumos de um negócio já existente que esteja passando por algum problema. Já para empreender, é peculiar se pautar em cima de um planejamento, avaliar os custos, economizar, ampliar redes de contatos, se qualificar, entre outros mecanismos que cooperem com o sucesso do futuro negócio.