Critérios

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Faltando menos de quatro meses para o processo eleitoral deste ano, e a população macaense ainda não conhece quais são as propostas das principais lideranças políticas que almejam concorrer aos cargos eletivos de representação nas esferas estadual e federal.

Diferente dos últimos pleitos gerais, a sociedade ainda não conhece os nomes que pretendem lançar projetos focados em assumir a gestão do governo do Estado, uma espécie de “herança maldita”, em função da crise econômica nacional, e também por conta da enxurrada de denúncias de atos de corrupção que colocaram na cadeia os nomes que figuraram os principais cargos e gabinetes da administração estadual nos últimos 10 anos.

Diante de um cenário pessimista, em que servidores públicos são sacrificados, em que serviços são retirados dos cidadãos e que a criminalidade alcança índices alarmantes, fica complicado acreditar que qualquer nome positivo, com força de vontade para mudar essa dura realidade, tenha disposição de enfrentar modelos políticos arcaicos, que só afundaram o desempenho da máquina pública.

Mas, como luz no final do túnel, mudanças esperadas em função do desenrolar das investidas da Justiça contra a corrupção, fazem nascer a esperança de que dias melhores estão para surgir no Estado, melhorando assim a qualidade de vida de todos os 92 municípios que formam o Rio de Janeiro.

Em se tratando de jogo político, os partidos que sempre mantiveram o poder nas mãos estão recuados, sem compreender qual será o novo passo, ou fase, da Operação Lava Jato contra agentes públicos, que se beneficiaram com o dinheiro do povo.

Está na hora então do próprio cidadão abrir debates sobre qual o futuro é esperado para o Estado, dentro de uma visão que não pode seguir qualquer ideologia política, ou posição de esquerda, direita ou centro.

Enquanto a população se esquivar das suas obrigações como a principal força capaz de mudar essa dura realidade local, nenhuma esperança de dias melhores conseguirá barrar as trevas que só a corrupção ainda é capaz de propagar no país.