Coluna Espaço Aberto - Odebateon

Quem de nós, pobres eleitores, não está habituado a acompanhar através de rádio, jornal, televisão, e agora também através das redes sociais, de maneira mais rápida, o que se passa no mundo político, principalmente em Brasília, a ilha da fantasia, que continua demonstrando que parece nada valer nada? Também, com os 35 partidos que disputaram as eleições em 2018 dos quais 14 devem ficar pelo caminho por causa da cláusula de barreiras, e mais uma dezena deles em apreciação no Tribunal Superior Eleitoral para ser fundado?

Fica difícil para o cidadão pagador de altos impostos, acreditar na história da carochinha contada diariamente. Depois que o ex-deputado Eduardo Cunha começou a dar as cartas, fazer reforma eleitoral, aprovar a PEC da Bengala permitindo que os servidores, inclusive os que têm cargos vitalícios como os ministros do Supremo e de outros órgãos importantes, o vice de Dilma, Michel Temer não perdeu a oportunidade e tratou de despejar a petista da cadeira e assumir seu lugar. Mas estava em plena atividade a Operação Lava Jato que colocou as vísceras de muitos escândalos para fora, mostrando que os atores do mundo político, empresarial e tantos outros tinham sim, além de ficar mais ricos, um projeto de poder.

Até aí, tudo bem? Até que pegaram o Lula, colocaram na cadeia, entre muitos personagens importantes, e no impedimento de Dilma Rousseff, o ministro Ricardo Lewandoski, desrespeitando uma vírgula da Constituição, manteve os direitos políticos dela que acabou cassada pelos eleitores mineiros quando ela foi candidata ao Senado. Acabou aí? Nada disso. Bolsonaro ganhou a eleição antipetista mas não soube se articular para governar. Conclusão da história? Uma sucessão de erros e muita traição, até com os familiares políticos como Carlos, Flavio e Eduardo Bolsonaro. Mas, fazer o quê?

Traição e crise

A história da eleição de Jair Messias Bolsonaro não havia sido contada a não ser alguns episódios que acabaram marcando sua trajetória. E como candidato antipetista ele conseguiu reunir a direita ou centro-direita, para surfar na onda do petrolão, da Lava Jato, e até a facada desferida pelo cidadão Adélio Bispo de Oliveira no dia 6 de setembro em Juiz de Fora, que dizem ser “maluco”, mas, você aí, acredita? Bem, foi o bastante para quase o país viver uma convulsão e, impedido de participar dos debates, acabou eleito por cerca de 53 milhões de votos.

A partir daí, voltaram as crises e traições, alimentadas por mais traições e crises. Não foi fácil para ele, diminuir o número de ministérios para 16 como prometera. Também não foi fácil indicar seus ministros, na maioria militares, e também não foi fácil cumprir a promessa de que acabaria com o toma-lá-dá-cá. Esqueceu, embora tenha exercido o cargo de parlamentar durante 28 anos, que o assédio do Congresso Nacional por “boquinhas”, era comum e virou uma situação sistemática. Deu, levou. Não deu, não leva. E assim continua. Pior ainda, quando os congressistas, antes das eleições de 2018, decidiram criar o Fundo Eleitoral, com recursos de R$ 1,7 bilhão, para o financiamento público de campanha.

Somado ao Fundo Partidário, dinheiro que o partido ganha por mês, só quem preside um partido político sabe como fazem as velhas raposas. Aí resolveu “brigar” com Luciano Bivar, que preside o PFL. Com tanto dinheiro na mão, tem um poder imensurável. Com a minirreforma eleitoral de Rodrigo Maia, aí ficou ainda melhor lidar com tanta grana. Conclusão, como Bolsonaro não tem articulador político, está engalfinhado em uma série de traições (foi até gravado) e sem saber liderar, não tem quem lidere. O PSL, agora com tanta grana, só tem que arranjar crise e mais crise, além de traições. Os próximos capítulos da novela serão interessantes. Quem viver, verá.

PONTADAS

Na guerra política de Brasília, o deputado federal Eduardo Bolsonaro que perdeu a liderança ao disputar o cargo com o Delegado Valdir, e ter o presidente destituído Joice Hasselman do cargo de líder do governo, pode levar o parlamentar bolsonarista ao esvaziamento. Com certeza, a próxima etapa, deve ser a inviabilidade de sua indicação como Embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
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Uma das boas ações que o prefeito vem fazendo e as mães estão adorando, é a instalação de parquinhos infantis em várias partes da cidade. Como os macaenses não têm opção de parques ou outra atração para os pequenos, com pouco dinheiro e atendendo aos papais e mamães, parece que Dr. Aluizio deu um tiro de longo alcance e acertou na mosca. Como tem crianças por aí…
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Toda vez que o serviço de meteorologia anuncia previsão de chuva, uma equipe da Secretaria Adjunta de Serviços Públicos, liderada por Sérgio Bizzo, imediatamente cuida de acelerar a limpeza das conhecidas “bocas de lobo”, para que haja a diminuição de alagamentos, principalmente nas ruas centrais. Uma boa ação para evitar transtornos e outras consequências graves.
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Até domingo.