O show, que acontece nesta quinta-feira (23), celebra os 15 anos do álbum ‘Enxugando Gelo’

Ganha evidência na cidade o show do BNegão e Seletores de Frequência, fazendo o lançamento em Macaé de um edição comemorativa de 15 anos do álbum “Enxugando Gelo”. A apresentação acontece nesta quinta-feira (23) no Teatro do Sesi Macaé, a partir das 20h, como parte do 9º Festival X-Tudo SESI Cultural. O ingresso custa R$ 10 (inteira) e a classificação etária é de 16 anos.

O álbum “Enxugando Gelo” foi lançado em 2003, como primeiro trabalho solo do rapper. O disco marcou a indústria musical brasileira, por ter sido o primeiro álbum lançado no país a ser disponibilizado pelos próprios artistas para download gratuito na internet.

A turnê comemorativa do trabalho começou em maio, com um show gratuito na Virada Cultural, em São Paulo. A edição em vinil está à venda em algumas lojas e principalmente pela Assustado Discos. Sucesso de crítica, público e vendas, o disco é referência sobre a síntese do rap com outros estilos da música negra, como: reggae dub, samba, funk, jazz, funk carioca, rock e hardcore.

O Teatro do Sesi Macaé fica na Alameda Etelvino Gomes, 155 (Bairro Riviera Fluminense).

Serviço:

9º Festival X-Tudo SESI Cultural com show do BNegão e Seletores de Frequência
Data: 23 de agosto
Horário: a parti das 20h
Ingressos: R$ 10 (inteira) | R$ 5 (meia)
Local: Teatro do SESI em Macaé – Alameda Etelvino Gomes, 155 – Riviera Fluminense (Vendas de ingressos: segunda a sexta, das 8h às 19h45, na bilheteria do teatro)

‘Enxugando Gelo”

Álbum que nasceu para ser o primeiro disco solo do rapper BNegão, ‘Enxugando Gelo” acabou por lhe mostrar que, na verdade, ele já estava escudado pelos Seletores de Frequência. O trabalho de 2003 surgiu da vontade do MC de escrever sobre coisas que não cabiam nem no Planet Hemp, nem no Funk Fuckers. A vontade de juntar o social e o espiritual de uma forma que ainda não havia acontecido dentro do hip-hop nacional.
Junto com isso, a necessidade de eliminar fronteiras entre gêneros e estilos, avançar nas alquimias que sempre pautaram a sua caminhada. A busca por fazer uma arte que seja, segundo BNegão, “o mais imperecível possível”.

Despretensiosamente, foi um dos discos mais aclamados do ano e considerado um dos mais importantes da música brasileira do século XXI. Sucesso absoluto de crítica, público e vendas, ‘Enxugando Gelo’ é referência sobre a síntese do rap com outros estilos da música negra como: reggae dub, samba, funk, jazz, funk carioca, rock e hardcore (representados aqui pelos Bad Brains).

O disco – vendido em bancas de jornais e lojas físicas – foi o primeiro álbum lançado comercialmente no Brasil a ser disponibilizado pelos próprios artistas para download gratuito na internet. Este ativismo digital gerou extrema polêmica na época, mas além de influenciar grandes movimentos neste sentido, acabou sendo o passaporte de BNSF para vários shows muito bem sucedidos no Velho Continente. 15 anos depois, BNegão & Seletores de Frequência revisitam este álbum fundamental com uma turnê nacional e com o lançamento do vinil, que já está à venda em algumas lojas e, principalmente, pela Assustado Discos.

E para dar ainda mais sustentação moral e instrumental à arte de BNegão, lá estão os Seletores de Frequência, um sexteto fumegante formado (especialmente para essas apresentações) por Pedro Selector (trompete), Robson Riva (bateria), Nobru Pederneiras (baixo), Ulisses Cappelletti (guitarra), Marco Serragrande (trombone), DJ Rodrigues e Paulão King (voz). Com eles, o Baile de Música Negra Universal está completo.

BNegão

Bernardo Santos, mais conhecido por BNegão, nascido no Rio de Janeiro em 26 de outubro de 1972, é um cantor e compositor brasileiro de rap e hip hop. Iniciou sua atividade musical ainda no colégio onde estudou, criando a banda “Perfeição Nenhuma Small Band e Engenharia de Som Ltda”, cujo som misturava influências punk e eletrônica. Migrou em seguida para Juliete, onde tocou com músicos como Marcelo Vig, Bruno Migliari e Jr Tostoi, cujo som era colorido de soul, rock e hip hop. Chamou a atenção do underground carioca com canções fortes e reflexivas.

Tocou também com a banda niteroiense “Missed in Action”. Paralelamente, fundou a banda The Funk Fuckers, cujo show de estreia foi num Circo Voador lotado. Mais uma vez acumulando funções, substituiu o rapper Skunk – fundador do Planet Hemp – em diversos shows. Quando este faleceu, deixou o “Missed in action” e ingressou definitivamente na banda na ocasião do disco “Usuário”.

Tornou-se conhecido como vocalista da banda de rap brasileira Planet Hemp. Dividiu por anos o palco com o também vocalista Marcelo D2, junto ao baterista Bacalhau (que depois foi substituído por Pedrinho), o guitarrista Rafael e o baixista Formigão.[6] Além de cantar, BNegão atuou como letrista da banda. BNegão teve idas e vindas no Planet Hemp, intercalando com seu trabalho paralelo como líder da banda The Funk Funkers. Ele saiu em definitivo do Planet Hemp em 2001 para dar início a seu novo projeto, BNegão & Seletores de Frequência, dessa vez misturando rap, hardcore, dub e funk, com letras repletas de crítica social

Lançou em 2003 o CD Enxugando o Gelo. O álbum foi liberado pelo próprio BNegão para ser baixado via internet, através do site da banda, tornando-se um dos primeiros artistas brasileiros a abraçar os conceito de Copyleft e Creative Commons. Em 2008 BNegão formou o grupo Turbo Trio, junto com Tejo Damasceno e Alexandre Basa.[12] O grupo apareceu no programa Manos e Minas da TV Cultura em 2009.

Após nove anos sem lançar material inédito BNegão & os Seletores de Frequência lançaram em 2012 “Sintoniza Lá”, com onze faixas que trazem influências de diversos estilos como reggae, rock e o funk, sendo premiado no VMB MTV 2012 como melhor álbum do ano.

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