Revitalização de campos maduros, início de produção de novas reservas, recuperação de fator de declínio e concessão de áreas dão base à estratégia

A Petrobras deu nesta semana demonstração clara de que as pautas levantadas pela indústria offshore nacional, em maior parte sediada em Macaé, serão consolidadas a partir deste ano, o que reserva à Bacia de Campos um volume ainda maior de investimentos que irão restruturar a cadeia produtiva de óleo e gás, em curto espaço de tempo.

Na última sexta-feira (10), a companhia anunciou um dos procedimentos que representam a projeção de US$ 10 bilhões de investimentos para a Bacia, que representa hoje 50% da produção nacional de óleo e gás.

Com o direcionamento da plataforma FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes para o Campo de Tartaruga Verde, a Petrobras sinaliza o início da produção de novos poços dentro dos próximos seis meses. Com o início da operação desta unidade, mais contratos de prestação de serviços são gerados para as empresas sediadas na cidade.

“Temos uma série de projetos que irão garantir que a Bacia de Campos continue a produzir por muito tempo, de forma economicamente viável”, declarou o gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos UO-BC, Marcelo Batalha.

Além dos projetos que já estavam sendo desenvolvidos, dentro do Plano de Negócios da companhia, a Petrobras reserva também para a Bacia de Campos estratégias que visam garantir maior tempo de produtividade para os poços maduros, cuja operação sustenta hoje o mercado do petróleo local.

“Outra iniciativa extremamente relevante diz respeito aos projetos para o aumento do fator de recuperação dos campos. Atualmente, a Petrobras possui 90 projetos na Bacia de Campos para perfuração, completação e interligação de novos poços, além de projetos para manutenção e aumento da eficiência das unidades de produção que operam na Bacia”, explicou Batalha.

E dentro da principal pauta levantada por Macaé ao longo do ano passado, a revitalização dos campos maduros, que sustentaria todo o sistema de operação interligado hoje ao polo offshore da cidade, também faz parte das ações previstas pela Petrobras para a Bacia de Campos.

Para o futuro, a companhia aposta nas áreas adquiridas nos recentes leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo. “A Bacia de Campos é um dos maiores complexos petrolíferos marítimos do mundo e tem fôlego suficiente para se expandir e reduzir sua tendência natural de declínio da produção”, afirmou Marcelo Batalha.