Entre as apreensões das polícias de Macaé nos últimos anos estão peças com grande poder de fogo

Número de fuzis, metralhadores e submetralhadoras apreendidas em operações policiais aumentou 46% em Macaé

A Capital Nacional do Petróleo bateu recorde histórico de apreensão de fuzis no primeiro semestres de 2018. Segundo dados do 32° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Macaé, ao todo foram apreendidos 152 armamentos pesados, entre eles, fuzis automáticos, metralhadoras e submetralhadoras. Enquanto no mesmo período do ano passado, a Polícia Militar apreendeu apenas 81 armas dentro das comunidades macaenses.

De acordo com o comandante do 32° BPM de Macaé, tenente coronel Rodrigo Ibiapina, esse é o desdobramento de uma diretriz de redução de mortes violentas, fazendo com que as polícias Civil e Militar busquem tirar de circulação armas com alto poder de destruição das mãos de criminosos. “O número é muito expressivo e deve provocar uma reflexão da sociedade”, avaliou.

Para Ibiapina, o fuzil é uma arma de guerra nas mãos de criminosos inconsequentes. “É uma arma de potencial lesivo enorme. Estamos com o trabalho focado em não deixar a criminalidade crescer”, concluiu.

Embora a segurança pública tenha sido um dos quesitos de destaque para elevar Macaé à segunda posição no ranking da cidade mais violenta no interior do Estado do Rio, as apreensões de armas feitas pelos policiais, o número de assassinatos, roubos e guerra de facção criminosa, alertam para o poder de fogo que vem sendo conquistado pelos traficantes das comunidades da Capital Nacional do Petróleo.

Dados do 32° BPM de Macaé apontam que, de janeiro até 24 de junho deste ano, foram apreendidos, 80 armas espécie AR-15. Esse tipo de armamento foi projetado acima de tudo para ser um fuzil de assalto leve e para disparar em alta velocidade, em um cartucho de pequeno calibre para permitir que a pessoa carregue mais munição.

Outra apreensão muito comum nas comunidades de Macaé é a AK-17, onde foram apreendidas 30 armas, FAL (7.62), e ao todo foram 12 retiradas de circulação, e AR-10, sendo apreendidas 4 neste primeiro semestre, além de outros armamentos.

“A potência do tiro disparado pela metralhadora depende do tamanho do calibre”, ressalta o comandante Rodrigo Ibiapina. Das armas apreendidas até hoje pela polícia, o fuzil foi o que apresentou o calibre mais potente. Juntos, os 80 fuzis seriam suficientes para armar um pelotão, que possui em torno de 500 agentes, sendo 25 que trabalham durante o dia.

A Polícia Civil de Macaé informou que conhece o aumento da incidência criminal no município, principalmente em ataques cometidos por facções criminosas no início deste ano. Para combater a atuação do crime organizado, a Civil alega que desde janeiro de 2018, foi realizada uma força-tarefa que cumpre inúmeros mandados de prisão, busca e apreensão.