Porto do Rio de Janeiro, inaugurado em 1910 e localizado na costa oeste da Baía de Guanabara, será ampliado em quase 100 metros com a extensão de seu cais, para poder receber maior número de embarcações e com maior porte.

A ICTSI Rio, que administra a Rio Brasil Terminal, um dos terminais conteineiros do Porto do Rio, contratou a Carioca Engenharia para a realização da obra. A empresa, com 76 anos de experiência no planejamento e execução de grandes projetos de infraestrutura, principalmente no segmento portuário, irá utilizar neste novo trabalho um de seus equipamentos diferenciados e exclusivos para execução de obras marítimas: o Ramlift.

Trata-se de um bate-estacas flutuante com cerca de 45 metros de comprimento, 17 metros de largura e mais de 50 metros de altura da torre. Possui energia de cravação de mais de 20 toneladas-metro e é dotado de martelos hidráulicos ou pneumáticos à vapor ou ar comprimido. Uma das principais vantagens da utilização deste equipamento é o tempo gasto para a fundação da estaca, que passa a ser feito em poucas horas – um equipamento convencional gasta, em média, mais de 1 dia por estaca, com o agravante de que a soldagem dos segmentos é executada no mar, sem a qualidade proporcionada pela soldagem realizada no canteiro de obras.

Com as obras, o Porto do Rio poderá receber mais e maiores embarcações.
Crédito: Divulgação

Segundo Gustavo Maschietto, diretor de Engenharia e Operações da Carioca, “as estacas visam dar segurança aos projetos face às peculiaridades do solo, seja em terra ou sob as águas, aliadas às demais características da obra, o que torna indispensável a escolha de um equipamento adequado à fase de fundação”.

O uso dessas novas e modernas ferramentas para a fundação das bases de portos e pontes em áreas de grande profundidade permite a colocação de estacas tubadas e pré-moldadas de até 60 metros de comprimento – o equivalente a um prédio de 20 andares. Feito para a engenharia em alto mar, o Ramlift realiza o processo necessário completo, levantando e cravando estacas de até 100 toneladas em diversas profundidades, com alta precisão de centímetros, além de oferecer atualizações em tempo real via GPS. 

O projeto de ampliação do Porto do Rio de Janeiro tem como objetivo atrair novos negócios para a cidade, já que mais e maiores embarcações terão acesso ao local. Atualmente, as principais cargas do Porto referentes à importação são de trigo, produtos siderúrgicos e concentrado de zinco. Já as principais cargas de exportação incluem ferro gusa, produtos siderúrgicos e veículos. 

Fontes
PortosRio
Carioca Engenharia

Jornalista responsável
Fabiana Seragusa 
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