É, me parece que o comerciante Abílio Borges sabia das coisas ao escolher o nome Ísis para a sua filha. Ísis significa “deusa suprema”, mulher muito inteligente e de bom caráter, que consegue se comunicar com muita facilidade. Costuma viver rodeada de pessoas amigas”. Mais ainda sabedor das coisas foi o jornalista Oscar Pires que, ao fundar, há quarenta e sete anos o jornal “O Debate”, escolhendo a jornalista Ísis Borges para ser uma de suas colunistas, parceira e amiga de uma vida toda.

Nos cantos das páginas do jornal O Debate, uma voz doce e empática ecoava por mais de quatro décadas. Ísis a colunista de coração generoso, nos deixou, mas sua presença e impacto permanecerão como um legado duradouro. Nascida e criada nas ruas pitorescas de Macaé, Ísis era mais que uma jornalista, ela era uma narradora habilidosa das histórias que teciam as vidas dos cidadãos da cidade. Sua caneta era um pincel que dava vida às nuances da sociedade. Suas palavras eram abraços escritos entre comunidades e gerações.

Ísis não era apenas uma colunista, mas também uma confidente silenciosa para muitos. Por trás da caneta estava uma mulher de integridade e propósitos. Casada com o advogado Luiz Fernando de Almeida, Ísis era a força tranquila que equilibrava a família. Seus dois filhos, um engenheiro e outro dentista, refletiam o compromisso dela com a educação e a valorização das aspirações individuais.

Ísis, a cronista do coração de Macaé, deixa um vácuo em nossas vidas, mas também nos apresenta um tesouro de memórias preciosas. Uma celebração de amor e carinho que continuará a aquecer os corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la através das suas palavras.

– Quem irá sucedê-la?

– Não sei! Acho que Oscar eternizará a coluna Ísis, sendo que, ele mesmo escreverá, pois, foi uma sintonia de décadas.

Por Guto Sardinha