De janeiro até o final do mês de julho deste ano já haviam sido apreendidos 208 adolescentes, a maioria envolvido com o tráfico de drogas
Os dados apresentados na última edição do Café Comunitário, realizado pela Polícia Militar, sobre o número de menores de idade apreendidos de janeiro deste ano até o mês de julho, alertam para um problema social que deve ter a atenção de toda a sociedade.
Durante o evento, foi ressaltada a importância da população no envolvimento com a segurança pública, além disso, também foi destacado que a segurança é um dever de todos e que a polícia trabalha quando todos os outros estágios falharam.
“Em 2017 foram contabilizados 1.452 prisões, deste total, 319 são menores de idade. Até agora, em 2018, já prendemos cerca de 450 pessoas, e 208 destas detenções são de adolescentes, ou seja, eu acredito que vamos superar os números do ano passado”, apresentou o comandante do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Rodrigo Ibiapina.
Diariamente a Polícia Militar registra ocorrências policiais que envolvem menores de idade. Crianças e adolescentes estão ligados à criminalidade, desde a venda de drogas, a roubos e furtos em toda a região. Este número alarmante de menores de idade chegando às delegacias da área do 32º BPM pede uma reflexão sobre o problema e maneiras de retirar essas crianças da marginalidade.
“É preciso pensar em construir novos projetos, que tenha como principal foco educação, lazer e cultura para crianças e adolescentes, principalmente das áreas consideradas de risco”, disse um dos participantes da reunião do mês passado.
Durante o encontro, a legislação também foi motivo de debate. A defesa de que é preciso mais punição pelos atos dos menores de idade que cometem crimes foi defendido por parte dos presentes.
No entanto, prevenir para que essas crianças e adolescentes não se envolvam com a criminalidade é uma das principais defesas para que estes números possam diminuir e para que o índice de criminalidade possa cair em toda a região.