Esta formação da equipe sinaliza uma continuidade na linha de investigação e combate à corrupção
O novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, nomeado pelo presidente Lula, anunciou recentemente sua equipe, destacando-se a presença de membros que atuaram em importantes investigações de corrupção no Brasil. Entre os nomeados estão Alexandre Espinosa, como vice-procurador-geral eleitoral, e Raquel Branquinho, que assumirá como chefe da Procuradoria. Ambos tiveram participação ativa em casos como o mensalão e a Operação Lava Jato, com Espinosa trabalhando ao lado de Antonio Fernando de Souza e Raquel Dodge, e Branquinho auxiliando nas investigações contra os irmãos Batista do grupo J&F.
A equipe de Gonet também inclui Anamara Osório, designada para liderar a Secretaria de Cooperação Internacional. Ela foi coordenadora da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, o que reforça a orientação do novo PGR em manter um foco robusto na área de combate à corrupção. Esta escolha de profissionais com histórico significativo em investigações criminais vem em um momento em que Gonet, em seu discurso de posse, enfatizou a importância de um trabalho técnico, distante de holofotes, reafirmando o compromisso com a justiça e a imparcialidade.
Esta formação da equipe sinaliza uma continuidade na linha de investigação e combate à corrupção, apesar de preocupações anteriores do presidente Lula sobre a perseguição a aliados políticos. Gonet, com um histórico voltado ao direito constitucional e direitos fundamentais, parece buscar equilíbrio e firmeza na condução do MPF, conforme suas declarações de posse, onde ressaltou a necessidade de ser “fiéis e completos” nas responsabilidades legais e constitucionais, mantendo-se firmes diante de opiniões contrárias e interesses conflitantes.