O pai da índia Pingo d’Água chamou-a para comunicar-lhe que estava prometida em casamento para Pucaerin, um bravo caçador. A jovem, assustada, disse a seu pai que não amava o valente índio, e sim Itaerê, e lhe suplicou que reconsiderasse a decisão. O velho índio, no entanto, disse que não haveria como, pois tal casamento seria conveniente à paz entre as tribos vizinhas. A bela índia, então, muito triste, disse que pediria forças à deusa Jaci para suportar tal encargo.
À noite, Pingo d’Água saiu a caminhar, pedindo a Tupã que a salvasse do triste destino. Infelizmente, as preparações para o festejo prosseguiram, e Pingo d’Água ia ficando cada vez mais angustiada, pensava que seu amado Itaerê viria e ambos fugiriam. Mas ele não apareceu. Quando começou a celebração, o grande- chefe iniciou a cerimônia, ordenando que trouxessem a noiva. Houve demora, até que vieram avisar que ela não se encontrava na oca. Imediatamente, os índios saíram para procurá-la. Todos desconfiavam que Itaerê a tinha raptado.
Seguiram o rastro da moça até perto da cachoeira, de onde as águas caíam a grande altura. Pingo d’Água não mais apareceu. Dias depois, uma criança correu para avisar a tribo que havia visto a moça mergulhar próximo às rochas e que notou que ela não havia voltado do mergulho. E até hoje Pingo d’Água, a noiva que acabara morrendo pelo amor de outro rapaz, não mais apareceu. A cachoeira então, recebeu o nome de “Véu da Noiva”.