A carreira dele como advogado começou no ramo empresarial e foi, aos poucos, enveredando para a área criminal e a atuação junto às Cortes Superiores

Cristiano Zanin foi aprovado pelo Senado Federal como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), com 58 votos a favor e 18 contra. Embora não possua mestrado nem doutorado, sua carreira como advogado começou no ramo empresarial e posteriormente se voltou para a área criminal e atuação junto às Cortes Superiores. Ele ficou conhecido nacionalmente por liderar a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva nos casos relacionados à Operação Lava Jato. A Constituição não estabelece a exigência de títulos acadêmicos para a indicação de um ministro do STF, apenas requerendo “notável saber jurídico”.

Atualmente, apenas dois dos 10 magistrados do STF não possuem doutorado, ambos indicados por presidentes petistas. A presidente atual do Supremo, Rosa Weber, foi escolhida por Dilma Rousseff em 2011, enquanto Dias Toffoli foi indicado por Lula em 2009. Os demais ministros possuem doutorado, e alguns têm pós-doutorado. Além dos diplomas acadêmicos, outras conquistas, como emplacar uma tese jurídica nos tribunais ou criar uma nova linha de interpretação do Direito, também podem ser consideradas como “notável saber jurídico”.

As indicações para o STF são influenciadas por fatores políticos, e em momentos de maior instabilidade, a votação no Senado fica mais acirrada. Zanin, buscando apoio, realizou diversas reuniões com senadores. Sua aprovação no Senado foi tranquila, com 58 votos a favor e 18 contra. Agora, o presidente deverá publicar a nomeação no Diário Oficial da União (DOU), e a posse no STF está prevista para ocorrer em agosto, após o recesso do Judiciário em julho. Com sua entrada na Corte, o STF voltará a ter 11 ministros, preenchendo a vaga deixada por Ricardo Lewandowski, que se aposentou.

Por portal Novo Norte