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Verba de gabinete

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Não têm sido poucas as informações divulgadas não só pelos veículos de comunicação tradicional, como em maior ênfase, pelas redes sociais, sobre a destinação de verba de gabinete a aliados nos estados. Agora, com o Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões para financiamento público de campanha, ou seja, dinheiro nosso que paga em dia os impostos, as eleições para prefeito e para vereadores nos 5.570 municípios, essa grana vai pulverizar e poucos sentirão o cheirinho, ainda mais considerando que muitos deputados federais e alguns senadores, vão ser candidatos em seus municípios de origem, talvez não para se elegerem porque os percalços do cargo de prefeito são muitos e como parlamentar eles ficam em Brasília longe do assédio dos eleitores.

Mas, o dinheiro do Fundo Partidário que se aproxima de R$ 1 bilhão, e do Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões, vai fazer a festa, a não ser que a Justiça Eleitoral esteja preparada para fazer uma grande investigação com as prestações de contas que, com a nova legislação, não será em tempo real como antes, pois a lei alterada, permite que as contas sejam apresentadas até a data da posse. A situação piora mais ainda, quando se sabe que não haverá coligação partidária agora proibida, e cada partido, inclusive, para tentar manter o quociente eleitoral e não entrar na cláusula de barreiras, vai lançar o maior número possível de candidatos para alcançar o mandato. Mas, não é só isso.

Os “donos” de partidos estão continuando a existir pois, com a intervenção no diretório municipal e a nomeação de uma comissão provisória, não dependerá dos membros do diretório para aprovar as nominatas e aí, quem escolhe quem vai ser candidato, é o “dono” do partido. Enquanto todos sabem que isso vai rolar até as convenções municipais que serão realizadas em julho, a tal verba de gabinete, aquela que os deputados ganham para apoio da base, continua fazendo a festa. Mas na prestação de contas o que mais chamou a atenção é que a maioria informa o gasto de pelo menos R$ 8 mil, destinado à comunicação. Quantos blogueiros ou sites e algumas alternativas outras estão fornecendo nota fiscal para comprovar este gasto? Pior é saber se são “frias”.

Com quem marchar?

Com o fim das coligações partidárias, os partidos vão lançar maior quantidade de nomes para disputar as eleições para vereador, principalmente. A partir deste ano, cada legenda terá de apresentar uma lista fechada e a tendência é lançar nomes próprios para prefeito para puxar votos para o Legislativo.

A nova regra é diminuir o total de partidos no país (hoje são 33 legendas registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral) mas esse efeito só deve ser atingido em eleições seguintes. Hoje o MDB é o partido com o maior número de prefeituras e a intenção do partido é aumentar o número, porém, no Estado do Rio de Janeiro, não vai ser tão fácil porque as lideranças do MDB consideradas importantes estão todos presos como o ex-governador Sérgio Cabral, Pezão, Picciani, Paulo Mello, Albertassi, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, e a lista segue enorme.

Quem vai se aventurar a seguir no MDB que está abandonado às moscas? Por outro lado, o PSDB publicou uma resolução que determina a candidatura própria em cidades com população superior a 100 mil habitantes e Macaé faz parte da lista e tem como presidente da Comissão Provisória o prefeito Aluízio dos Santos Junior que venceu um pleito em 2010 (deputado federal), prefeito (2012), reeleito prefeito (2016) e pretende fazer o sucessor em 2020 (quem???).

Pela regra atual, com o fim das coligações proporcionais, aprovado em 2017, não haverá mais alianças e cada partido terá de apresentar uma lista fechada de candidatos. Dessa forma, apenas os votos do próprio partido serão considerados para o cálculo de vagas conquistadas na votação para a Câmara. Mas desfila por aí na boca do povo e nas redes sociais alguns nomes de pré-candidatos a prefeito que deverão ter a força de um rolo compressor para ganhar o pleito.

Apenas para exercitar a memória, vamos lá: Maxwell Vaz, Silvinho Lopes, André Longombardi, Welberth Rezende, Igor Sardinha, Danilo Funke, Marcel Silvano, Guto Garcia e outros nomes menos cotados que aumentam a lista. Agora, imagine quantos serão os candidatos a vereador? E não se falou aqui, ainda, sobre o partido do presidente Jair Bolsonaro, em formação, que se registrado até março, poderá indicar também seu candidato? Está chegando a hora.

 

PONTADAS

O Banco Central ampliou o número de pessoas sujeitas a monitoramento especial de suas transações financeiras, incluindo vereadores, deputados estaduais e parentes até segundo grau de indivíduos considerados politicamente expostos. Eles passam a receber atenção especial das estruturas de governança e análise de risco dos bancos, de acordo com a natureza as transações que realizam, podendo ser interpretadas como suspeitas. O cerco está apertando.

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A Alerj aposentou Luiz Fernando Nader, da família de políticos Nader. Filho do ex-presidente da Alerj e ex-conselheiro do TCE José Nader, e irmão do ex-deputado estadual José Nader Junior, que era apontado como “funcionário fantasma” do gabinete do deputado Renato Cozzolino. O valor da aposentadoria será de R$ 35.462,22. Mas a fila não acabou e tem muitos ainda por vir.

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O ex-senador da tropa de choque de defesa da ex-presidente Dilma Rousseff durante o impeachment, Lindberg Farias, do PT, foi condenado pela 1ª Vara Cível de Nova Iguaçu-Mesquita, por improbidade administrativa em licitação quando era prefeito de Nova Iguaçu. O ex-senador foi ainda condenado a pagar multa no valor de 48 vezes o salário do atual prefeito, além de ter os direitos políticos suspensos por cinco anos.

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Até domingo.

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