Possível evasão de criminosos da capital para o interior do estado mobiliza polícia, já que na última semana três integrantes de uma quadrilha foram detidos pela DRFA
A onda de violência na capital devido aos constantes ataques de terrorismo realizados pelas facções criminosas e a insegurança em várias cidades no interior do estado têm gerado uma grande preocupação à população macaense, após agentes militares da Delegacia de Roubo, Furto de Automóveis (DRFA) do Rio, desarticular três integrantes de uma quadrilha especializada em roubos de veículos em Macaé.
Durante a prisão do líder do tráfico de drogas e de roubo de veículos, identificado como Arilson da Silva Jardim, na última terça-feira (3), e no dia posterior, mais dois integrantes detidos vindo da comunidade Vila Vintém, em Realengo, para Macaé, com objetivo de abastecer armamentos pesados, a polícia ficou atenta quanto ao perigo, já que a intenção dos criminosos da capital era reforçar o tráfico nas comunidades dominadas pela facção Amigo Dos Amigos (A.D.A.) de Macaé e atacar outros bairros de facção rival, visto que, no mês passado vários ‘derramamentos’ de sangue foram registrados nas comunidades Malvinas, Morro do Carvão e Favela da Linha.
Além deste episódio, outro fato determinante que chamou a atenção da população e também da Polícia Militar foi a ‘guerra’ frequente de facção criminosa em vários bairros, que segundo informações, traficantes do Complexo do Alemão da facção Terceiro Comando Puro (T.C.P), teriam se refugiado para a cidade de Rio das Ostras para tentar dominar ‘boca de fumo’ em Macaé. Outra informação preliminar é que esses bandidos têm feito vários ataques em comunidades diferentes na cidade para tentar enfraquecer o ‘movimento’ nas regiões, já que eles (bandidos) costumam entrar nos locais com veículo, de cor branca, e atirando contra os moradores.
O medo neste momento é que, por conta da fuga de alguns bandidos do Rio de Janeiro, eles possam chegar no interior e procurar refúgio nas cidades da baixada litorânea.
Desde que começou o trabalho de prontidão devido a essa operação de combate ao crime, a polícia está com o efetivo preparado para uma evasão.
Porém, para a população, quando a polícia sufoca o tráfico, apreende armas e drogas e prende o líder da quadrilha, automaticamente o número de roubos a estabelecimentos comerciais e pedestres tende a aumentar consideravelmente, sendo que, para muitos, as autoridades de segurança pública não estão preparadas para o combate aos delitos. Uma prova disso, é a falta do sistema de videomonitoramento na área comercial que foi desativada há quase oito anos, em toda a extensão da área central de Macaé. Com isso, principalmente os comerciantes ficam à mercê da criminalidade já que a segurança pública não consegue ‘desatar esse nó’ que se arrasta por quase uma década.