Por Silvana Rocha

Os juros futuros ampliaram a alta, paralelamente ao fortalecimento do dólar no mercado doméstico. As incertezas sobre o desfecho das eleições legislativas de meio de mandato nos EUA, que ocorrem nesta terça-feira, 6, favorecem os ativos considerados mais seguros, com os juros dos Treasuries de longo prazo em baixa (e preços em alta), o iene revertendo grande parte das perdas de mais cedo e o ouro à vista avançando moderadamente.

Pesquisas de opinião indicam que os democratas poderão reconquistar o controle da Câmara dos Representantes e que os republicanos deverão manter o comando no Senado, mas por uma pequena margem. Se as projeções se confirmarem, o presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, terá maiores dificuldades de seguir adiante com sua agenda legislativa que prevê medidas de estímulo à economia.

Internamente, o investidor está digerindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que tem impacto limitado nos negócios. Também estão no radar as medidas e nomes do futuro governo de Jair Bolsonaro, que participa de evento no Congresso nesta manhã. Bolsonaro chegou ao local por volta das 9h50..

A ata do Copom, sem citar o resultado eleitoral, destaca a diminuição de incertezas no âmbito doméstico, que produziu redução dos prêmios de risco embutidos nos preços de ativos brasileiros. A ata reforça o teor do comunicado da reunião da semana passada, na qual a Selic foi mantida pela quinta vez no piso histórico de 6,50% ao ano, e pode ter efeito limitado sobre os negócios.

O documento do BC reafirmou que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.

Às 9h41 desta terça, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI)para janeiro de 2021 estava a 8,14%, ante 8,08% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2023 subia a 9,32%, de 9,21% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista subia 0,75% no horário acima, a R$ 3,7534. O dólar futuro de dezembro estava em alta de 0,71%, a R$ 3,760.