Apesar do Ministério Público ter encontrado evidências da participação de assessores muito próximos a Ceciliano no esquema, os inquéritos foram arquivados

O polêmico ex-deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ) é o novo responsável pela Secretaria de Assuntos Federativos, uma das principais instituições do Palácio do Planalto, subirdinada diretamente a Lula. Em 2018, enquanto presidia a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Ceciliano foi acusado de participar de um escandaloso esquema de “rachadinha”, onde supostamente exigia que seus assessores devolvessem metade de seus salários a ele. O total desviado pelo suposto esquema seria de quase R$ 50 milhões.

Apesar do Ministério Público ter encontrado evidências da participação de assessores muito próximos a Ceciliano no esquema, os inquéritos foram arquivados. As investigações continuam em segredo de Justiça. A Promotoria está trabalhando com a hipótese de que o dinheiro encontrado nas contas dos assessores teria sido usado para quitar uma dívida com um agiota que já tinha sido lotado no gabinete do deputado.

Esse escândalo veio à tona a partir de um documento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que também apontava para o envolvimento do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro. As defesas afirmaram, na época, que havia indícios de que os dados do documento foram compartilhados de forma irregular pela Receita Federal.

Na campanha eleitoral do ano passado, Lula não hesitou em atacar Bolsonaro usando o caso do filho do ex-presidente. Mas agora, com Ceciliano no Palácio a convite de Lula, as mesmas insinuações estão sendo direcionadas ao PT e ao próprio Lula. “O PT e o Lula vivem criando narrativas. Durante esse tempo todo nos acusaram de ser o governo da ‘rachadinha’. Agora eles vão admitir que são o governo do ‘rachadão’?”, questionou o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

Com informações da Revista Oeste.

Por Portal Novo Norte