Redução da taxa de infecção do Coronavírus abre espaço para debates sobre geração de emprego e recuperação das empresas locais
Mesmo com restrições, a superação econômica de Macaé substitui a pauta da Saúde, marcada ao longo de seis meses pelos efeitos provocados pela pandemia do Coronavírus. Com a redução significativa da taxa de contaminação do vírus, a cidade passa a discutir medidas que possam garantir a retomada da geração de emprego e alternativas para o resgate das empresas locais.
A fase pré-eleitoral também força a avaliação de ações, passadas e futuras, que representem de fato soluções capazes de substituir o desemprego e o fechamento de empresas, por investimentos, oportunidades de negócios e o fortalecimento do mercado de trabalho local.
Neste caminho, reuniões e videosconferências conectam lideranças empresariais locais e representantes de empresas, consórcios e investidores de grandes empreendimentos capazes de reaquecer a economia local. E o caminho segue nas oportunidades do mercado do petróleo, focado dessa vez no potencial do gás.
“Precisamos rediscutir o caminho da economia da nossa cidade. Vivemos a transformação do mercado de trabalho local, antes projetado por vagas em empresas onshore e offshore, hoje pautado por alternativas que não garantem estabilidade, direitos e equilíbrio do orçamento familiar”, afirma Marcelo Reid, membro da Comissão Municipal da Firjan.
Os novos caminhos, trilhados pela cidade no cenário pós-pandemia, dependerão da união de esforços entre a iniciativa privada e o poder público em suas três esferas, um diálogo nem sempre produtivo, mas que já foi capaz de gerar avanços importantes para a cidade.
“A indústria conseguiu investimentos na modernização do Aeroporto de Macaé, na rediscussão das regras do mercado de óleo e gás e mantém uma pauta constante de atualização de leis que possam melhorar o acesso entre as empresas locais e os investimentos pautados pelo mercado de óleo e gás. Lutamos pela BR 101, cobramos a duplicação da RJ 106, batalhamos por mais segurança em nossa cidade, trabalhos que deram resultados. Precisamos avançar ainda mais”, avalia Marcelo Reid.
Merrel explica também que esses novos debates colocam, em primeiro lugar, a capacidade de investimentos a curto e médio prazos capazes de gerar empregos, em uma escala que começa pelo comércio e construção civil, chegando aos segmentos mais técnicos focados nas transformações do petróleo e do gás que está por vir.
“Batalhamos agora pelo reposicionamento dos macaenses no mercado de trabalho. Nós queremos garantir que a alternativa do Uber seja substituída por um trabalho em plataformas, na construção das novas termelétricas, na representação de serviços que serão consumidos por essa nova fase de Macaé. Precisamos conviver com a pandemia, e agir com segurança e respeito. Mas precisamos garantir também que cada cidadão de Macaé possa viver feliz e com dignidade”, defende Merrel.
