Presidente da Câmara passa a ser o sucessor direto do prefeito com a renúncia de Vandré
Faltando agora menos de dois anos para a realização das eleições municipais, o quadro político em Macaé começa a dar uma reviravolta e vai complicar a vida do prefeito Dr. Aluizio Santos Junior que deverá enfrentar questionamentos não só do Poder Legislativo, como também da Justiça através do Ministério Público que investiga uma série de denúncias, além das ações em andamento e que vão custar caro administrar a situação, levando o Chefe do Executivo a imitar o presidente Michel Temer para evitar problemas sérios pela frente.
Com a renúncia ao cargo oficializada pelo vice-prefeito eleito, Vandré Guimarães, que no dia 21 passado deu por encerrada sua atividade por achar que seu ciclo político neste grupo acabou, o presidente da Câmara Municipal, Dr. Eduardo Cardoso Gonçalves, passa a ser o sucessor direto do prefeito, caso haja a vacância do cargo por qualquer motivo, e o torna, também, um nome forte para as eleições de 2020.
Na linha de sucessão, até agora ventilados nos bastidores, podem ser pré-candidatos o vereador e médico Marcio Bittencourt que deverá sair do MDB, do deputado estadual eleito Welberth Rezende, que se tornou uma das fortes lideranças políticas no município e na região, Guto Garcia, também do MDB, que voltou a ocupar a Secretaria de Educação e poderá ser o candidato da máquina administrativa do Executivo, André Longobardi que deverá liderar a legenda do MDB, de Chico Machado que ao ocupar também o cargo de deputado estadual, pretende continuar tentando o Executivo, ainda, o deputado Christino Áureo que se elegeu para a Câmara dos Deputados, além de outros nomes a serem definidos por algumas instituições e empresários que pretendem, a exemplo do que aconteceu com Bolsonaro, apresentar um nome capaz de superar todos os até agora sugeridos.
Ao ser derrotado na Câmara Municipal na sessão extraordinária realizada dia 27, que rejeitou duas propostas de Dr. Aluizio, que tentou retirar os valores das emendas impositivas dos vereadores no valor de R$ 14 milhões, e a proposta de alterar a Contribuição da Iluminação Pública paga pelos contribuintes todos os meses, a prestação de contas do prefeito do exercício de 2018, que teve o orçamento previsto com excesso de arrecadação chegando a R$ 2,4 bilhões, o caso também poderá provocar uma ação de improbidade administrativa.
Além de uma grande dor de cabeça para manter a maioria no Poder Legislativo, mesmo com a troca de moeda agora conhecida como “Rachid”, o prefeito deverá enfrentar ação da Operação Lava Jato, que aos poucos vai chegando aos municípios que o grupo Odebrecht revelou ter pago propinas a um grupo de secretários, além do próprio Tribunal de Contas que, renovado, começa a ser mais duro na apreciação das contas.