Essa não é a primeira vez que Machado enfrenta restrições políticas; em 2014, ela foi proibida de ocupar cargos públicos por um ano após denunciar violações de direitos humanos pelo regime de Maduro na Organização dos Estados Americanos (OEA)

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, órgão semelhante o STF brasileiro, confirmou, nesta sexta-feira (26), a proibição de María Corina Machado, presidenciável da oposição, de ocupar cargos públicos por 15 anos. A medida, que se aplica a uma das figuras mais proeminentes da oposição venezuelana, ocorre em um momento de crescente tensão política no país, onde Nicolás Maduro, atual presidente, está no poder há 12 anos. Esta decisão exclui Machado das eleições presidenciais, abrindo caminho para a continuidade de Maduro no Palácio de Miraflores.

Além de Machado, outros políticos da oposição venezuelana enfrentaram medidas semelhantes. Henrique Capriles, igualmente uma voz influente contra o governo Maduro, teve confirmada a sua inabilitação para ocupar cargos públicos pelo mesmo período de 15 anos. Em contrapartida, Leocenis García e Richard Mardo tiveram suas inabilitações revogadas. Estas ações do TSJ têm sido criticadas por políticos e ativistas venezuelanos, que as consideram uma estratégia do regime para enfraquecer a oposição.

Essa não é a primeira vez que Machado enfrenta restrições políticas; em 2014, ela foi proibida de ocupar cargos públicos por um ano após denunciar violações de direitos humanos pelo regime de Maduro na Organização dos Estados Americanos (OEA). A atual decisão do TSJ surge em um contexto de crescentes pressões e alegações de conspirações contra a campanha de Machado e seus aliados, intensificando o clima de disputa política no país.