Empresário Francisco Navega afirma que existe de fato a preocupação quanto a taxa de desemprego no município - Divulgação

A questão do desemprego é colocada no cenário econômico como herança da pandemia

Ecoa bem alto na cidade o alarme da crise através dos números do desemprego. A questão é colocada no cenário econômico como herança da pandemia. Até este mês de agosto, 10.600 pessoas ficaram desempregadas, fazendo subir de maneira expressiva a taxa de desemprego, a maior registrada nos últimos anos no município.

Na verdade, neste momento de incertezas, a questão pode ser agravada ainda mais, pois há ameaças de perdas de emprego por parte de profissionais e o adiamento de contratações e promoções nas empresas.

Neste contexto, o Presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim), Empresário Francisco Navega, afirma que existe de fato a preocupação quanto a taxa de desemprego no município. “O que ainda preocupa a todos nós comerciantes é o elevado número de desempregados que Macaé apresenta, já que no saldo até agosto, mais de 10.600 carteiras assinadas foram perdidas”, informou Navega.

O presidente da Acim apresenta um panorama econômico macaense que é bastante promissor no que se refere ao potencial das atividades. “Necessariamente teremos que promover o turismo de lazer em função do aeroporto privado, da rede hoteleira e da gastronomia, e ainda as grandes obras que norteiam Macaé, as termelétricas e o novo marco regulatório do gás, e as empresas novas que estão chegando para operarem os poços maduros que a Petrobras vem se desfazendo. É uma expectativa pelo novo prefeito, que as compras municipais na próxima gestão tenham o destino no nosso comércio e nas nossas empresas instaladas em Macaé. Nada absurdo pelo potencial de nossa cidade de se reinventar sempre que se fez necessário”.

Por outro lado, Francisco Navega destaca a retomada dos preços do barril de petróleo nesse segundo trimestre, que pode trazer novo alento na questão da geração de emprego no setor tradicional de nossa cidade, que é óleo e gás. “Quem vive nesta cidade há 32 anos como eu, já se acostumou com as idas e vindas e as voltas por cima dessa Princesinha do Atlântico”, concluiu Navega.

 

Taxa de desemprego sobe e país tem redução recorde de ocupados

 

Até este mês de agosto, 10.600 carteiras assinadas foram perdidas – Divulgação

Pesquisa do IBGE mostra que houve redução de 9,6% na taxa de ocupação, com queda de 8,9 milhões de ocupados

A taxa de desocupação subiu para 13,3% e país teve redução recorde no número de ocupados no trimestre encerrado em junho, segundo a Pnad Contínua, divulgada nesta quinta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No trimestre anterior, de janeiro a março, a taxa era de 12,2%. No trimestre encerrado em junho de 2019, era de 12%. A taxa de desocupação cresceu devido à queda recorde de pessoas ocupadas: o número destas pessoas teve redução de 9,6% e a queda foi de 8,9 milhões de ocupados.

Apesar da taxa de desocupação mais alta, o número de desempregados ficou estável: 12,8 milhões frente a 12,9 milhões no trimestre anterior. A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, afirma que mesmo com o cenário de estabilidade entre a população desocupada, a taxa de desemprego subiu por causa da redução da força de trabalho, que soma as pessoas ocupadas e desocupadas.

“Essa taxa é fruto de um percentual de desocupados dentro da força de trabalho. Então como a força de trabalho sofreu uma queda recorde de 8,5% em função da redução no número de ocupados, a taxa cresce percentualmente mesmo diante da estabilidade da população desocupada”, afirma.