Noventa mil usuários devem ficar sem transporte coletivo municipal, no dia 25, a partir de meia noite

Motoristas e cobradores das empresas que atuam no transporte público municipal de Macaé decidiram entrar em paralisação, a partir de meia-noite desta terça-feira (25). O motivo alegado pelo sindicato que representa a categoria é o impasse sobre o reajuste de 16%, onde a classe trabalhadora não recebe reajuste salarial há dois anos. A expectativa é que 1.170 trabalhadores da empresa Sistema Integrado de Transporte vão aderir à paralisação parcial que pode durar 24 horas.

Na tarde desta sexta-feira (21), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Cargas e Passageiros de Macaé, Aluízio Viana, comunicou aos empresários, à Polícia Militar e à administração municipal que a categoria irá cruzar os braços no próximo dia 25.

“Estamos na luta, e os órgãos competentes não respondem nossos ofícios. O impasse acontece desde o ano passado, quando o reajuste era para ser de 16% e a categoria recebeu em 2016 somente 9,5%”, declarou Aluízio Viana, afirmando que o Ministério Público do município já foi comunicado sobre a paralisação.

“O ato poderá ser parcial até que a empresa se pronuncie sobre o caso. A partir de meia-noite do dia 25, a categoria estará em frente aos portões das empresas SIT e Macaense impedindo a saída dos ônibus das garagens. Agora cabe à justiça decidir o número de frota que irá circular em esquema especial”, declarou Viana.

A greve dos rodoviários poderá causar um verdadeiro caos ao serviço de transporte público de Macaé, utilizado diariamente por quase 90 mil pessoas.

“Queremos deixar bem claro que está garantida a participação do Sindicato nesta luta. Estamos fazendo tudo em nome dos trabalhadores. Vamos fazer o que eles quiserem, tudo dentro da legalidade. Se a opção é pela paralisação ou greve, vamos dar subsídios legais para que o movimento seja realizado”, destaca Aluízio, lembrando que na assembleia realizada na tarde de última quinta-feira (20), representantes da empresa de transporte informaram que o reajuste seria de apenas 2%. Ainda na assembleia, 40 trabalhadores se manifestaram contra a decisão da empresa e decidiram paralisar o maior número possível de ônibus municipal.

Atualmente, a empresa SIT conta com 1.170 motoristas e cobradores, 220 ônibus e 44 linhas.

A equipe do jornal O DEBATE tentou entrar em contato com a assessoria de comunicação das empresas SIT e Macaense, mas não foram localizadas.