Diversos sinais de alerta foram emitidos durante essas eleições. Da necessidade de restrições e combate às “Fake News”, ao comportamento conservador do eleitorado, a principal simbologia registrada pelo resultado das urnas é, sem sombra de dúvidas, a insatisfação direta com sistemas políticos arcaicos e tradicionalistas, que ainda imperam sobre governos e parlamentos municipais, que dentro de dois anos passarão pelo seu próprio pleito.

Ao fim da contabilização dos votos, foi comprovado e diagnosticado o processo de renovação na representação política nacional. De toda a formação da Câmara dos Deputados, 50% será representada por candidatos que nunca tiveram a experiência de participar de um dos mais complexos, e corruptos, sistemas legislativos do mundo.

A liderança esmagadora de Jair Bolsonaro (PSL), contra o PT de Haddad, também representa a sinalização do novo comportamento da nação, um extremismo impulsionado pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, que apesar de cegar muita gente, passa a ser o único caminho viável para o futuro do país.

E todas essas análises devem ser levadas em consideração como o mapa do comportamento do eleitorado macaense, dentro dos próximos dois anos.

Insatisfeito com o resultado de esquemas que enfraqueceram a Petrobras, reduziram as atividades do petróleo, fechando empresas e oportunidades de trabalho, a sociedade macaense não mais se surpreende com a tentativa frustrada de figurões da política local, em buscar novos espaços nos poderes no Estado e em Brasília.

Quem acredita que será fácil alcançar a reeleição na Câmara de Vereadores, em 2020, precisa mudar de estratégia e de conceito. Afinal, não é apenas a onda bolsonariana que representa, de fato, a verdadeira mudança que o país almeja.

A impunidade, a sensação de superioridade e o cabresto político passam a ser rompidos, à medida que nomes tradicionais dos poderes Executivo e Legislativo brasileiros são postos para fora do futuro da democracia.

E esse fenômeno não se restringirá apenas ao Congresso e à presidência da República. Em breve o eleitor macaense oferecerá a cidade, à sua própria renovação. A conferir!