Francisco Navega disse que os micro e pequenos empresários são os mais prejudicados

A pandemia do coronavírus chegou a Macaé durante a queda do petróleo e desde o dia 15 de março a cidade soma mais de 9 mil desempregados, ou seja, 9% do desemprego do estado do Rio de Janeiro. A informação foi repassada pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Francisco Navega.

“Estamos muito preocupados, porque para o empresário é muito ruim trabalhar sem perspectivas. Macaé é a cidade mais fechada da região e os incentivos do governo, tanto federal, quanto municipal, são escassos. Os micro e pequenos empresários são os mais prejudicados nesse momento”, avaliou Navega.

O presidente da ACIM defende a flexibilização responsável, com número limitado de clientes nos estabelecimentos e medidas de segurança obrigatórias, como uso de máscaras e disponibilidade de álcool em gel. “A ideia é não abrir de forma errada, para não ter que fechar depois”, salientou.

Para isso, Francisco Navega disse que a ACIM e a Câmara de Dirigentes dos Lojistas (CDL) elaboraram um plano de reabertura do comércio gradual, atendendo todas as orientações do poder público.

“Cumprimos todos os protocolos exigidos. As empresas que retornarem com suas atividades devem fazer o teste do COVID-19 em todos os seus funcionários. Além disso, preparamos uma cartilha informativa para o comércio e fizemos uma parceria com um laboratório da cidade, que está oferendo o teste com valor diferenciado para os associados da ACIM. A expectativa é que em 1° de agosto 80% dos setores econômicos da cidade estejam abertos”, declarou.

Essa semana a prefeitura autorizou a abertura das lojas de utilidades domésticas e operadoras de planos de saúde, das 10h às 16h. Mas ainda existem algumas preocupações. “O transporte público é o nosso grande problema. Estamos pensando em horários alternativos para diferentes setores do comércio e também rodízio para alguns seguimentos”, revelou.

Navega disse que ainda não sabe como o Macaé irá reagir a mais uma crise. “A previsão é uma queda de 38% na arrecadação municipal em 2020. No entanto, em relação à viabilidade econômica existe uma boa expectativa, já que grandes obras são esperadas para o município: temos a termoelétrica que já iniciou as obras; a liberação do porto prevista para agosto; além de mais 5 grandes empreendimentos já licenciados. O problema é que essas obras não vão gerar uma quantidade expressiva de empregos”, finalizou.

*Matéria elaborada pela jornalista Tathiana Campolina para o site Macaé News.