Fortemente afetado diante da pandemia de COVID-19, mercado pesqueiro vem tomando fôlego
Depois de meses marcados por dificuldades diante da pandemia do COVID-19, que reconfigurou todo o mercado, o setor de pesca vem se recuperando e tomando fôlego em meio a era chamada de “novo normal”. Isso porque de agosto para cá, a categoria vem sentindo melhorias nas vendas de peixes e demais pescados, causando assim, otimismo entre os banqueiros do Mercado Municipal de Peixes em Macaé.
Kátia da Silva, que trabalha com a venda de peixes há 30 anos e possui uma banca de pescados no mercado, comenta que a classe se encontra mais esperançosa. “A categoria hoje vem se restabelecendo aos poucos. Comparando ao período do início do ano até o fim de julho, o segmentou melhorou muito. Quanto ao movimento, o fluxo aos finais de semana é superior ao de segunda-feira a sexta-feira”, ressalta.
Quase chegando em outubro, o mercado pesqueiro agora aposta nas festas de final de ano para movimentar ainda mais o segmento e reaquecer a economia local. “Esperamos que a situação melhore ainda mais e torcemos para que a ressaca do mar não nos deixem sem pescados, pois isso muito nos prejudica”, salientou Kátia sobre a mudança do clima que interfere expressivamente no trabalho dos pescadores.
Com a crise financeira decorrente do cenário pandêmico, em termos de venda, os peixes que mais vêm sendo vendidos são os de menor valor, como Filé de Pescada, Filé de Pescadinha, Cação, Pardo, Corvina, Sardinha e Dourado.
Tendo a sua banca no mercado há quase dois anos, o banqueiro Cleiton Soares comenta que o segmento se encontra totalmente independente. “Não temos amparo de nenhum órgão. Temos o nosso sindicato que é completamente independente, e conseguimos assim, nos manter. Além disso, temos a Secretaria de Agricultura e Pesca da cidade que nos dá toda estrutura necessária para mantermos os nossos serviços de forma bem equipada”, pontua.
Funcionando dentro de uma série de medidas sanitárias, Cleiton salienta ainda que os consumidores têm respeitado as recomendações de saúde, como o uso obrigatório de máscaras, uso de álcool em gel pelos boxes e espaçamento necessário. “Eu diria que 95% da clientela respeita as medidas. Quando há algum descumprimento, é por parte dos idosos que tendem a ser mais teimosos, mesmo estando dentro do grupo de riscos da COVID-19”, finalizou.