A descoberta e a realização do tratamento de forma adequada evita que o bebê nasça com sequelas

É importante que a mulher, assim que descobrir a gravidez, procure uma unidade para iniciar o pré-natal

 

A Secretaria de Saúde de Macaé traz um alerta para os riscos da sífilis para as gestantes e para os bebês. Diversas ações buscam facilitar o diagnóstico precoce, como a disponibilização do teste rápido em 18 postos. A descoberta e a realização do tratamento de forma adequada evita que o bebê nasça com sequelas, já que a sífilis congênita (transmitida da mãe para feto) é uma infecção grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente.

Outra iniciativa adotada pela Secretaria de Saúde é a implementação do pré-natal do homem, já que o tratamento da sífilis deve ser feito pela mulher e pelo parceiro a fim de evitar a reinfecção, bem como estimular o início do pré-natal logo no início da gestação.

“É importante que a mulher, assim que descobrir a gravidez, procure uma unidade para iniciar o pré-natal. Estamos observando que alguns casos de sífilis estão sendo diagnosticados somente no último trimestre da gestação, o que prejudica a eficácia do tratamento. A nossa meta é fazer com que o teste seja feito o quanto antes, preferencialmente no primeiro trimestre da gravidez”, frisa a gerente de Vigilância em Saúde, Daniela Bastos.

Os números mostram que a adesão dos homens ao tratamento ainda é pequena. Em 2018, em Macaé, apenas 9,1% dos parceiros foram tratados para sífilis.

Todos os casos de sífilis são de notificação obrigatória. Entre os anos de 2016 e o primeiro semestre de 2018, foram notificados 1.126 casos de sífilis, sendo 617 em homens e 509 em mulheres. Os dados da Secretaria de Saúde apontam, ainda, um aumento no número de casos de sífilis em gestante nos últimos anos. Em 2016, foram notificados 134 casos, em 2017, foram 182 e, no primeiro semestre de 2018, este número foi de 96.

Tratamento é oferecido gratuitamente – Outro fator preocupante é o abandono do tratamento, tanto por parte da gestante quanto do parceiro, o que acarreta a sífilis congênita e, consequentemente, o aumento do percentual do esquema de tratamento da mãe como inadequado, ou seja, inicia e não termina, inicia e tem reinfecção porque o parceiro não trata. Nesta perspectiva de enfrentamento da doença, a Secretaria de Saúde atua na capacitação de profissionais de várias especialidades, visando a continuidade do tratamento e acompanhamento dos casos.

Em 2017, do total de casos notificados de sífilis congênita, 58% dos tratamentos foram realizados de forma inadequada. Em 2018, no período de janeiro a julho, foram 68 notificações de sífilis congênita, com 50% de tratamentos inadequados. “Precisamos que a população se conscientize da importância não só apenas do diagnóstico, como também do tratamento que é oferecido gratuitamente”, finaliza Daniela.

Sífilis – A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. O uso correto e regular da camisinha é uma medida importante de prevenção da sífilis e o acompanhamento das gestantes e do parceiro durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.

O teste rápido de sífilis é prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, estando acessível para todas as pessoas, sem a necessidade de encaminhamento médico.

Unidades de saúde que realizam o teste rápido para sífilis

Programa DST/Aids

Centro de Referência do Adolescente (CRA)

Casa da Criança, Nuamc Aroeira, UBS Barramares

ESF Botafogo

ESF Glicério

ESF Lagomar B e C

ESF Visconde

ESF Cajueiros

ESF Ajuda de Cima e Ajuda B

ESF Aroeira

ESF Barreto

ESF Virgem Santa

UBS Morro de Santana

ESF Morro de São Jorge