O líder do MST, João Pedro Stedile, disse desconhecer os repasses públicos

Nesta terça-feira (15), foi anunciado que o movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi alvo de acusações de recebimento irregular de aproximadamente R$ 2 bilhões de reais do poder público. As acusações surgiram durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) presidida pelo deputado federal Ricardo Salles, que atua como relator.

Segundo as informações apresentadas, constatou-se que os recursos, no montante de R$ 2,8 bilhões, foram canalizados para associações e cooperativas vinculadas ao MST, fazendo uso indevido dos CPFs de seus associados e cooperados. O relatório da CPI também apontou para a alocação dos fundos em nome de indivíduos ligados ao movimento que não possuíam a devida elegibilidade para tal recebimento.

Durante as diligências, o líder do MST, João Pedro Stedile, foi convocado para depor. Stedile, ao ser interrogado sobre os alegados repasses irregulares, afirmou não possuir conhecimento a respeito das transações em questão. Ele ressaltou que o movimento abrange uma vasta rede de assentamentos, tornando praticamente inviável o monitoramento detalhado de todas as atividades. As declarações de Stedile foram respondidas pelo relator Salles, que, ao comentar sobre as provas documentais e testemunhais apresentadas, destacou a existência de evidências concretas que apontam para condutas questionáveis no âmbito do MST.