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Entenda as relações econômicas que envolvem o petróleo, sua produção e extração, além de dados e projeções sobre o setor

O petróleo é um combustível fóssil e uma das principais fontes de energia utilizadas no mundo. Ele é resultado da decomposição da matéria orgânica, tendo como a maior parte de sua composição os hidrocarbonetos. Ele é formado em bacias sedimentares e pode ser encontrado tanto no continente quanto no subsolo marinho dos oceanos.

Mesmo sendo um recurso natural, é uma matriz energética não renovável, ou seja, seu uso indiscriminado pode resultar no seu esgotamento. E por falar na extração, o processo inicial pode ser baseado em três etapas principais nas plataformas: prospecção, perfuração e extração final.

Já a fase de refinamento, em que são retirados seus derivados que são utilizados pela indústria e seus consumidores, é composta por três ciclos: a destilação, a conversão e o tratamento.

Sua importância se dá pela ampla utilização, visto que representa cerca de 31% da matriz energética global. Além disso, outros produtos importantes do nosso dia a dia têm o petróleo como matéria-prima, como plástico, óleo diesel, óleos lubrificantes usados no setor industrial e automobilístico, entre outros exemplos.

Diante disso, é essencial termos consciência de como funciona o processo de produção deste combustível, dados sobre o seu consumo e extração, os países que dominam essa dinâmica comercial e as relações econômicas que ela envolve.

Acompanhe a leitura e saiba mais sobre o assunto:

Lista de países que lideram a produção de petróleo no mundo

O Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) conduziu uma pesquisa intitulada de BP Statistical Review of World Energy 2021 para mensurar os maiores protagonistas das atividades comerciais envolvendo o petróleo. Segundo dados referentes a 2020, o ranking dos dez maiores produtores é composto por:

  • 1°- Estados Unidos: 16.476.000 barris/dia;
  •  2°- Arábia Saudita: 11.039.000 barris/dia;
  •  3°- Rússia: 10.667.000 barris/dia;
  • 4°- Canadá: 5.135.000 barris/dia;
  • 5°- Iraque: 4.114.000 barris/dia;
  • 6°- China: 3.901.000 barris/dia;
  • 7°- Emirados Árabes Unidos: 3.657.000 barris/dia;
  • 8°- Irã: 3.084.000 barris/dia;
  •  9°- Brasil: 3.026.000 barris/dia;
  • 10°- Kuwait: 2.686.000 barris/dia.

Dados e projeções sobre o petróleo no mundo

O que já é amplamente consumido tende a continuar, pois, segundo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a demanda total por petróleo deve alcançar um marco de 2,34 milhões de barris por dia em 2023. Da parcela total, 1,3 milhão de barris diários virão de membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Em relação à oferta, o relatório da Opep constatou que a produção diária de petróleo pode alcançar o número de 1,5 milhão de barris. Já sobre o Produto Interno Bruto Mundial, a organização prevê que o PIB de 2023 feche em 2,5%, segundo o índice Dow Jones.

No panorama nacional, o Brasil poderá ofertar 3,9 milhões de barris/dia, conforme a Opep – uma expectativa de acréscimo de 200 mil barris por dia. O PIB brasileiro também tem boas perspectivas de evolução, de acordo com a instituição, que acredita no crescimento de 1% em 2023.

A desaceleração da demanda mundial por petróleo pode ser justificada por diversos fatores, como, por exemplo, os resquícios da pandemia, a guerra na Ucrânia, o aumento dos estoques globais, a volatilidade do mercado e a variação da moeda americana.Segundo o Departamento de Energia dos Estados Unidos, o valor do petróleo Brent deve ser, em média, de 83 dólares por barril em 2023, já o preço do West Texas Intermediate (WTI) – referência norte-americana – será, em média, de 77 dólares por barril.