Análise da água foi feita pelo Inea, com base nas coletas de amostras realizadas em maio
Assim como acontece nas praias, a população também deve sempre ficar atenta à qualidade da água nos rios e cachoeiras. Segundo o último boletim divulgado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), referente aos resultados obtidos em maio, o município tem apresentado índices considerados razoáveis em relação aos anteriores.
O boletim apresenta os últimos resultados do monitoramento dos corpos de água doce da Região Hidrográfica de Macaé e Rio das Ostras (VIII), sendo retratados por meio da aplicação do Índice de Qualidade de Água (IQANSF). Esse índice consolida em um único valor os resultados dos parâmetros: Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Fósforo Total (PT), Nitrogênio Nitrato (NO3), Potencial Hidrogeniônico (pH), Turbidez (T), Sólidos Dissolvidos Totais (SDT), Temperatura da Água e do Ar e Coliformes Termotolerantes.
O IQANSF se divide da seguinte maneira: águas apropriadas para tratamento convencional visando o abastecimento público – excelente (100 ? IQA ? 90), bom (90 > IQA ? 70), médio (70 > IQA ? 50) e águas impróprias para tratamento convencional visando abastecimento público, sendo necessários tratamentos mais avançados – ruim (50 > IQA ? 25) e muito ruim (25 > IQA ? 0).
Segundo o Inea, na composição do IQANSF usa-se o valor de temperatura que corresponde à diferença entre a temperatura da água no ponto de coleta e a temperatura do ar. A ausência de resultado, referente pelo menos a um dos nove parâmetros, inviabiliza a aplicação do índice.
De acordo com as análises obtidas nos dias 14 e 22 de maio, o Rio Duas Barras apresentou o índice de 65,8, considerado médio. Quem também teve resultados similares foram os rios Imboassica (Rio das Ostras), com 53,7, e o São Pedro, com 59,1 e 62,3 (coleta feita em dois pontos diferentes).
Sendo um dos principais da região, o Rio Macaé teve o índice considerado médio (68,3) no município. No trecho situado em Nova Friburgo, a situação foi um pouco melhor: 76,0 (bom). Também tiveram bons índices os rios Sana, com 75,7, e o do Ouro, com 71,0.
Esse monitoramento contínuo e sistemático da qualidade dos principais corpos de água doce da região é capaz de fornecer informações necessárias para o manejo adequado desses ecossistemas aquáticos, possibilitando melhor compreensão do ambiente e a alocação eficaz de investimentos e ações.
O órgão explica que a escolha dos pontos de amostragem e dos parâmetros a serem analisados é feita em razão do corpo d’água, do uso benéfico de suas águas, da localização de atividades que possam influenciar na sua qualidade, e da natureza das cargas poluidoras, tais como despejos industriais, esgotos domésticos e águas de drenagem agrícola ou urbana.