Apesar de esperado, o resultado das urnas nas eleições deste domingo (28) representa o início de um novo ciclo na política de Macaé. Fortalecido com a vitória de Dr. Aluízio em 2016, o MDB foi reduzido a pó, assim como o PT, no atual pleito. Eduardo Paes (DEM), apoiado pelo governo “da mudança” e pela maioria dos vereadores da Câmara, não obteve nem mesmo a metade dos votos conquistados por Wilson Witzel (PSC) na cidade, eleito governador do Estado.
Apoio
Mas, é bom destacar também que o desempenho de Witzel em Macaé, obtendo mais de 64 mil votos na cidade neste segundo turno, se deve ao trabalho desempenhado pelo governo “da mudança” que abraçou a campanha vitoriosa, de forma surpreendente, do delegado da Polícia Federal, Felício Laterça (PSL). A partir de janeiro, muita coisa vai mudar na cidade. Porém, há quem acredite que essas alterações ocorram antes de dezembro.
Enfraquecidos
E os 40 mil votos atribuídos por Dr. Eduardo Cardoso (PPS) à Câmara, contabilizados no primeiro turno, não foram revertidos à Eduardo Paes (DEM), que obteve neste segundo turno na cidade pouco mais de 28 mil. Apesar de nem todos os vereadores candidatos terem apoiado Paes na reta final da campanha, acabou ficando feio para o grupo de apoio ao ex-prefeito do Rio, o desempenho fraco nas urnas da cidade.
Rejeição
E o percentual de abstenção nas urnas da cidade ficou dentro da média esperada pelos candidatos e por representantes da Justiça Eleitoral. Das 160 mil pessoas aptas a comparecer às urnas, 116 mil tiveram disposição de participar do pleito que definiu os rumos dos governos do Estado e da União. Os votos brancos e nulos somaram mais de 25 mil. Agora é esperar para ver como será o desempenho real dos eleitos.
Navega
Outra eleição importante e bastante significativa para a cidade foi a do empresário Francisco Navega, que passará a conduzir, a partir de janeiro, a Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM). E isso reforçará o movimento empresarial local que luta para destravar projetos que irão corresponder a nova logística do petróleo. Com a experiência de ter conduzido a Comissão Municipal da Firjan, Navega fará grandes feitos na nova instituição.
Porto
Com o movimento “Somos Porto” a classe empresarial, representada pelas instituições Comissão Municipal da Firjan, Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Rede Petro-Bacia de Campos, reforçam a militância em defesa do Terminal Portuário e da Unidade de Processamento de Gás Natural, que compõem o Tepor. Agora, na audiência pública que acontecerá no dia 7, os projetos irão passar pelo crivo da população da cidade.
Superávit
Pelas contas do governo, a arrecadação da cidade já ultrapassa a casa dos R$ 2,1 bilhões, somando receitas além do estimado pela prefeitura, através da Lei Orçamentária Anual (LOA). Até dezembro, mais de R$ 200 milhões irão sobrar nos cofres do município, que correspondem à alta dos royalties e também da arrecadação própria. Com isso, o governo já pode planejar sim o tão esperado reajuste salarial dos servidores. Será que em 2018 sai?
Escola
Pouco prestigiada, a audiência pública referente ao programa Bolsa Escola, realizadas pela Câmara de Vereadores na semana passada, abriu prazo para que a matéria, defendida pelo governo, seja votada em breve pelo parlamento. Apesar da resistência até mesmo de aliados do prefeito, a matéria certamente será aprovada, não mais por unanimidade. Contra tudo e contra todos, há uma vertente extremista na Casa que se mantém após as eleições.
Vendas
Com a proximidade do início de novembro, o comércio local já entra no período de vendas de fim de ano, algo que cria uma empolgação diferenciada, à medida que setores da economia da cidade estão se recuperando. E o grande motivo de expectativa de vendas do setor é o fortalecimento dos cofres do governo. Com o pagamento liberado da primeira parcela do 13º, os mais de 13 mil servidores já estão preparados para ir às compras.