Em quase 10 anos de privatização e quase sete de obras em andamento, por que até hoje Macaé ainda não consegue contar com a duplicação da BR 101?
Principal rodovia federal que interliga, ao menos, três regiões do país, a estrada é responsável também por promover a conexão entre os três principais polos logísticos das operações do petróleo, uma importância direta para a manutenção da produção industrial Fluminense, além de manter atividades que representam a base da economia local.
Em 2011, o município foi decisivo na mobilização política responsável por antecipar os prazos para a realização das obras, que hoje já são capazes de reduzir o tempo de viagem para quem migra de Macaé em direção a Campos dos Goytacazes, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu até Rio Bonito, cidades já contempladas com os investimentos realizados pela Autopista Fluminense, concessionária responsável pela gestão da estrada.
Com os desafios gerados por deformações grandes no trecho, em especial na área do Brejo da Severina, além das complexidades relativas às obras na área da Reserva Biológica da União (ReBio), a execução do projeto em Macaé depende de um investimento pesado. E quando envolve dinheiro, o planejamento e a demanda são avaliados em uma ótica diferente.
Pauta constante levantada pela indústria, a realização das obras no terceiro trecho de concessão da estrada vai muito além da questão econômica. É comprovado o efeito positivo das obras na redução de acidentes e na preservação da vida dos milhares de motoristas que cruzam a rodovia na região.
Enquanto não há previsão do projeto, os macaenses amargam o desafio de perder cerca de quatro horas para chegar à capital do Estado, uma realidade que não condiz com as necessidades e as demandas do município que vive hoje as previsões sobre a retomada do setor de óleo e gás.