Repensar: futuro de Macaé está no potencial do gás - Divulgação

Mais uma vez, as instituições empresariais locais lideram um movimento que surge em Macaé com força capaz de pressionar discussões que ocorrem em Brasília, de modo a modernizar as regras que ditam o controle do mercado nacional de geração de energia, reposicionando a Capital Nacional do Petróleo como base para investimentos pesados no setor de óleo e gás, tornando a cidade mais uma vez polo de geração de emprego e renda regional.

Após a vitória da iniciativa que deu origem a flexibilização das regras de participação da Petrobras nos novos leilões de reservas de petróleo em campos do pré-sal e do pós-sal, os empresários macaenses se únem e defendem a alteração no marco regulatório do gás natural, para gerar maior competitividade no mercado interno, viabilizando investimentos já mapeados para Macaé através da instalação de usinas termelétricas.

A mobilização, que pautou os debates registrados na reunião virtual promovida pelo Repensar Macaé na última quarta-feira (29), dia do aniversário de 207 anos de Macaé, visa pressionar os parlamentares que compõem a bancada do Estado do Rio de Janeiro no Congresso a garantir a aprovação do Projeto de Lei 6.407/13, que permitirá a redefinição das tarifas impostas pelo governo sobre a operação do gás no Brasil, tornando assim o mercado mais atrativo para investimentos internacionais, viabilizando o polo petroquímico que começa a ser instalado na Capital Nacional do Petróleo.

“O novo marco regulatório do gás reduzirá os custos de operação, colocando o Brasil no mesmo patamar que outras nações petrolíferas. Isso representa maior competitividade, além de viabilizar negócios já mapeados para Macaé em virtude da importância da cidade para o mercado de óleo gás nacional e internacional”, afirma Francisco Navega, presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM).

O novo marco regulatório do gás abrirá o caminho para que Macaé se consolide como a “Capital Nacional da Energia”, fortalecendo o novo perfil da cidade em atrair investimentos para a construção de usinas termelétricas, abastecidas com o gás natural processado no Terminal Cabiúnas, da Petrobras.

“Já existem projetos licenciados e outros em fase de licenciamento que transformarão a cidade em um parque nacional de produção de energia. A expectativa é que Macaé registre, nos próximos 15 anos, a operação de 14 usinas termelétricas, viabilizando a instalação definitiva da indústria petroquímica em nossa cidade”, afirma Evandro Cunha, coordenador da Comissão Municipal da Firjan.

Diante dos investimentos aportados pela Petrobras na revitalização dos campos em operação na Bacia de Campos, e o início de produção de reservas ofertadas nos últimos leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), Macaé reforçará a posição estratégica para o mercado de óleo e gás nacional, não apenas como base de materiais e serviços para as atividades de exploração e produção, mas também como área de armazenagem e processamento de óleo bruto e gás natural que começará a ser produzido também por outras gigantes da indústria offshore global.

E esse novo perfil será definido através da instalação do Tepor – Terminal Portuário de Macaé, assim como pela nova Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), empreendimentos que fazem parte do portifólio de projetos desenvolvidos pela EBTE Engenharia, empresa responsável pelo CLIMA – Complexo Logístico e Industrial de Macaé, que recebe a instalação do parque de usinas termelétricas.

“O cenário é otimista para Macaé. O mercado do petróleo segue como uma importante vocação da cidade. Mas o gás vai estabelecer um novo marco de desenvolvimento para a nossa cidade e a nossa região, assegurando o equilíbrio da nossa economia e a geração de novos postos de trabalho”, avalia o empresário Emerson Esteves.

O Repensar Macaé é formado por representantes da ACIM, Comissão Municipal da Firjan, Rede Petro-Bacia de Campos, Macaé Conventions and Visitors Bureau (CVB), Sociedade de Engenheiros do Petróleo (SPE), Sebrae, Associação Macaense de Contabilistas (AMACON), Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro) e Internacional Association of Drillings Contractors (IADC).