Após dois confrontos, com resultados diferentes, com a Rússia na Liga das Nações, a seleção brasileira masculina de vôlei já conhece bem seu rival desta quarta-feira, em Turim, na Itália. Por isso, o técnico Renan Dal Zotto pede “paciência” aos seus jogadores para encontrar o caminho da vitória no duelo que vai abrir a terceira e última fase do Mundial, às 12 horas (horário de Brasília).

“A seleção russa é uma seleção que joga baseada em uma força, um poder de saque e bloqueio muito alto. Tem uma margem de erro grande. É um jogo no qual temos que ter muita paciência. Eles tocam em muitas bolas e saem para o contra-ataque, algumas vezes com bolas mais lentas, mas sempre com um ataque forte e alongado”, diz Renan, demonstrando ter aprendido com o revés sofrido para os russos na competição anterior.

A dura derrota aconteceu na fase final da Liga das Nações, depois de o Brasil ter vencido o mesmo time russo em fase anterior. Por isso, o revés surpreendeu na ocasião. “Toda derrota vem com um aprendizado. Na Liga das Nações, enfrentamos a Rússia quando ela não estava completa, ainda na primeira fase, e vencemos, e depois os enfrentamos em um nível no qual não tínhamos chances, naquele momento”, comentou Lucão.

O meio de rede garantiu que a situação agora é totalmente diferente. “Hoje vivemos outro momento, tanto fisicamente, quanto tecnicamente. Acredito que serão partidas totalmente diferentes do que tivemos na outra competição, tanto para eles, quanto para nós”, projetou o jogador.

Apesar da confiança em alta, pelo bom retrospecto neste Mundial, Renan admite preocupação com os meios de rede da Rússia, principalmente com Muserskiy, jogador que fez a diferença na final olímpica entre os dois países em Londres-2012 – depois da entrada do russo em quadra, o Brasil levou a virada por 3 a 2, após estar liderando o placar por 2 sets a 0.

“É um time que tem em seus centrais vários ‘gigantes’. Muserskiy é mais fixo, os outros três rodam muito, mas como característica, não mudam muito. Jogam muito pelo meio no início dos sets, e depois se baseiam muito no oposto e nos dois ponteiros. É certeza de uma missão dura enfrentar esses gigantes”, disse o treinador brasileiro.

Enquanto o Brasil perdeu apenas uma das oito partidas já disputadas neste Mundial, os russos sofreram dois revezes. Depois de duelar com a Rússia, o Brasil enfrentará os Estados Unidos, na sexta-feira, no mesmo horário, pelo mesmo grupo.

As seis seleções que chegaram até esta fase estão divididas em dois grupos de três equipes cada. Elas se enfrentam entre si e as duas melhores avançam às semifinais.

 

Fonte: Estadão conteúdo