Em tempo de Lava Jato, muitas prisões anunciadas, mais políticos réus que tentam sobreviver para manter o foro privilegiado, o Supremo Tribunal Federal (STF), com votos quilométricos dos ministros que parecem mais confundir do que esclarecer, e até projeto de parlamentar do Partido dos Trabalhadores proibindo a divulgação pela televisão das sessões do STF (por que esconder os fatos dos telespectadores e, consequentemente de toda a população?), e ainda o desencontro de opiniões para escolha de possíveis candidatos, ainda não conseguiram empolgar nem mesmo a militância, embora alguns partidos ainda vivam na expectativa de Lula permanecer ou não preso. São muitas as dúvidas dos eleitores que no dia 7 de outubro deverão escolher o novo Presidente da República, dois Senadores por cada um dos 27 estados da federação, 513 deputados federais, mais de mil estaduais, sem contar aí o Distrito Federal, Brasília, a ilha da fantasia.

No Estado do Rio, o Partido Novo que nutria uma eleição tranquila para o técnico de vôlei Bernardinho, ficou frustrado ao ser notificado por ele que havia desistido da intenção de ser candidato, igual aconteceu com o PSDB na eleição anterior. Como o prazo da campanha eleitoral encurtou e são apenas de 45 dias, a convenção partidária será em julho enquanto estará sendo realizada a Copa do Mundo, tudo se confunde. Alguns políticos que “desapareceram” de Macaé após as eleições, os chamados “candidatos Copa do Mundo”, que só voltam a dar as caras de quatro em quatro anos, estão outra vez buscando vereadores para se lançarem como candidatos a deputado estadual para trabalhar como cabo eleitoral de um federal. Dizem – e muitos afirmam que é verdade, o que a rádio corredor informa – que Dr. Aluízio, o prefeito, seria o articulador da região como aliado de Jorge Picciani e postulando uma possível pré-candidatura a vice-governador. Como Jorge Picciani, então presidente da Alerj, está preso e o agora MDB virou a bola da vez na Operação Lava-Jato e outros desdobramentos, o prefeito estaria preparando seu apoio para reeleger o ex-ministro de Esportes, deputado federal Leonardo Picciani e o deputado estadual Rafael Picciani. Tempos difíceis de botar a cara na rua…

No município, acerto de contas

Se no âmbito federal a situação está difícil para os que são ministros, senadores e deputados que buscam a sobrevivência para ficar protegidos pelo foro privilegiado, no Estado não é diferente e, muito menos, neste e nos municípios da região. Os veteranos de guerra política que imaginam ter aprendido tudo mantendo cargos e poder, começam a se sentir pouco à vontade para comparecerem em eventos de grande magnitude. Tem gente que já pulou de galho em galho e continua sem saber onde pousar para demonstrar força eleitoral. Quem tencionou mudar de partido no mês anterior acreditando na janela aberta para mudança de sigla, esbarrou na legislação porque as bandas (da janela) só escancararam para os deputados estaduais e federais. O que mais se reclama nas ruas, é a falta de lideranças novas que não conseguem voz ou participação nos diversos partidos dominados por membros de Comissões Provisórias, que devem eleger os diretórios imediatamente, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Tem partido que há mais de 20 anos só cuida de nominar pessoas de seu interesse nos mais de 5 mil municípios. Por aqui, não é diferente. Com exceção do PT e do PSDB, nenhum outro tem diretório formado e não se discute, como estabelece a legislação, qualquer tema de interesse da cidade. Mas, os eleitores estão na expectativa, aguardando o momento para dar seu recado nas urnas e fazer um acerto de contas. Sim, com os políticos que após as eleições passadas, trataram de buscar acomodação e “desaparecer” das ruas, das comunidades, onde correram atrás de votos. E, pelo que se observa, em tempo de redes sociais, não são poucas as lideranças que começam a surgir e que podem no futuro surpreender a muitos. O que mais está contribuindo para que isso aconteça, é a facilidade de os interlocutores gravarem cenas e conversas de compra (ou troca) de votos. Os exemplos mostrados de 2014 em diante continuam a deixar estupefatos os personagens envolvidos em qualquer tipo de maracutaia. Enfim, a cada eleição, um acerto de contas nas urnas.

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PONTADAS

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O ex-Secretário de Agricultura e deputado estadual Christino Áureo, que na crise estadual atuou firme e forte como Chefe da Casa Civil , filiado ao Progressistas (PP), decidiu trocar de posto e já comunica a amigos, sua disposição de se candidatar a deputado federal. Macaé precisa, com urgência, eleger um representante para a Câmara dos Deputados, para evitar os muitos dissabores até aqui.

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Durante a posse do agora vereador Robson Oliveira (PSDB), a dupla Lesley Beethoven e Lucas Alckmin, este primo do ex-governador de São Paulo e ambos tucanos, estiveram presentes na solenidade e foram bastante cumprimentados, ao lado do ex-prefeito e deputado Sylvio Lopes, líder tucano de carteirinha que promete estar nos eventos políticos indicando postulantes a cargos eletivos.

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Na sexta-feira pela manhã, houve o encontro do grupo que desencadeou o processo “Repensar Macaé”, com desdobramento das propostas apresentadas na primeira reunião. O projeto tem como objetivo definir ações para o desenvolvimento econômico e social do município. Muitos empresários presentes nas dependências do Hotel Royal situado na Praia Campista.