Foto Wanderley Gil

Enquanto a crise pandêmica deixa quase todos apavorados com a determinação das autoridades em manter o isolamento social e o distanciamento, até que haja menos perigo de infecção, muitos pré-candidatos estão aproveitando o período para trabalhar em equipe virtualmente, promovendo reuniões e fazendo lives para ficarem mais conhecidos, considerando que a internet facilita a vida das pessoas que a sabem usar para o bem. Mas como o mar não está para peixe, existem aqueles que preferem usar as várias plataformas para o mal e, com isso, atingir seus adversários, que em campanha política, se declaram inimigos algozes.

Pelo menos, os que têm sabido usar essa ferramenta fantástica, e para o bem, vão ampliando os seguidores e curtidas, quando você, leitor, começa a ser atraído pelos argumentos bons. Enquanto alguns mais odiosos que aproveitam o território livre da internet para declarar guerra aos desafetos, e vão sendo alcançados pelas garras da Justiça quando há denúncias, outros vão somando conceitos e veem com isso uma chance de alcançar seus objetivos.

Parece não, mas, os pré-candidatos a vereador, serão muitos. Haja sola de sapato para gastar para se tornar conhecido, porque com as aglomerações proibidas por enquanto, os churrascos e festas para reunir amigos, estão difíceis de acontecer. Como a legislação permite que o pré-candidato possa fazer campanha para homologar seu nome na convenção, alguns estão com a corda toda.

E ganhando notoriedade até agora em busca de alcançar a cadeira de Dr. Aluízio que vem sendo elogiado na sua gestão com relação à saúde, já despontam para a linha de largada, o engenheiro Silvinho Lopes, o empresário André Longobardi, o vereador Maxwell Vaz, o deputado estadual Welberth Resende, por enquanto os mais cotados. A largada acontece mesmo em 10 de agosto, quando se encerram as convenções partidárias e começa cinco dias depois a campanha eleitoral.

Inacreditável

A expectativa de que mesmo neste período sombrio o município poderia ganhar uma enorme projeção com a construção de várias termelétricas em fase de planejamento e de execução, começa a esbarrar em situações críticas, demonstra que Macaé ainda está longe da desburocratização tão sonhada pelos empreendedores, e parece, tudo esbarrando exatamente na parte que tem a palavra final para ligar o motor de partida para o progresso. Todos sabem que, antes da pandemia aparecer, apenas para um exemplo, a Shell e seus sócios, Arke Energia, formada pela Pátria Investimentos (51%), Shell (29%) e Mitschubishi (20), já haviam assinado compromisso de iniciar as obras de construção da Usina Temoelétrica Marlim Azul, no dia 1º de junho de 2020 e, mesmo com todos os problemas encontrados pelo meio do caminho, a Shell e sócios decidiram manter US$ 700 milhões em investimentos para colocar em pé o empreendimento.

Se não houvesse nenhum tropeço e o município estivesse mesmo interessado em abrir pelo menos 1.500 empregos desde o início deste mês, a Secretaria Municipal de Obras deveria ter liberado o Alvará de Construção, único documento necessário para que a cidade começasse a ganhar impulso, diferente de outras que vivem em crise. Como isso não aconteceu, a Secretaria de Obras não concedeu o Alvará, o início das obras foi adiado para o dia 1º de julho se a prefeitura até os próximos dias autorizar a obra. De acordo com o cronograma, a obra deverá estar concluída até dezembro de 2022, para começar a entregar energia a partir de 1º de janeiro de 2023 quando dará empregos para mais três mil pessoas. O investimento da Shell de US$ 700 milhões de dólares está dependendo apenas de uma canetada. Se fosse em outro lugar… Mas logo em Macaé acontece isso?

 

PONTADAS

Na primeira discussão do projeto que transforma em lei estadual acordos fiscais previstos no Repetro (regime aduaneiro especial para o setor de petróleo e gás), que agora aprovado prorroga o acordo até 2023, o deputado Chico Machado, viu atendido seu requerimento para adiar a votação pelo presidente André Ceciliano (PT). “Retiro de discussão e adio a votação para a próxima quarta-feira (10), em homenagem a Chico Machado, o rei do gado…

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Depois de marchas e contra-marchas, muita pressão dos grupos empresariais de Macaé, do IBP, da Abespetro que teve um trabalho maiúsculo do secretário executivo Gilson Coelho, e de técnicos da área da indústria de óleo e gás, a regra que era de 3% do ICMS e passaria para 18%, acabou aceita pelo presidente André Ceciliano que retirou suas três emendas. Agora, não existem mais incertezas e sim tranquilidade para o investidor. Chico fez questão de agradecer a todos e ao seu colega Welberth Resende.
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O jornalista Lauro Jardim, em sua coluna, registrou que “Lula se reuniu com seus companheiros para explicar as declarações que deu, quando expôs os motivos pelos quais não assinou os manifestos pró-democracia (“Não tenho mais idade para ser maria vai com as outras”). No encontro, em que estavam, inclusive, alguns signatários de manifestos, Lula justificou sua recusa lembrando a conversa que teve com o Papa Francisco: “Eu sou como ele. O Papa me disse que na idade dele só assina manifestos de radicais”.

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Até domingo