Projeto Abada Capoeira promove inclusão social

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As aulas acontecem sempre às segundas e quartas-feiras, das 18h às 20h30, na Associação de Moradores da Nova Holanda

Iniciativa, que completará 10 anos em outubro, oferece aulas gratuitas a crianças, jovens e adultos

O esporte e a cultura têm o poder de transformar a vida de crianças e adolescentes de comunidades carentes. Esse é o principal objetivo do Projeto Abada Capoeira, que oferece aulas gratuitas de capoeira para jovens em situação de vulnerabilidade social na cidade. Esse ano, no dia 19 de outubro, o projeto completará 10 anos de criação. Tudo começou através da iniciativa de Jocimar Pereira. Vendo o abandono do poder público dentro da Nova Holanda, ao invés de reclamar da triste realidade de onde vive, decidiu fazer algo para fazer a diferença. Tirar os jovens das ruas sempre foi o seu grande objetivo. E aos poucos o sonho foi ganhando vida e se consolidando.

“Pratico capoeira há 19 anos e faço esse projeto social na comunidade. O intuito é tirar essas crianças e jovens das ruas nos horários que não estão estudando e formando, através do esporte, pessoas. A gente também aproxima as famílias. Hoje treinamos pais e filhos, maridos e esposas, por exemplo. O projeto vem crescendo a cada dia que passa e sempre com o mesmo objetivo e intuito na formação de novos cidadãos e também profissionais que tenham o interesse em ser professores um dia”, conta Jocimar, também conhecido como Cordão.

Atualmente o Abada Capoeira atende cerca de 40 alunos com idade entre cinco e 41 anos. As atividades são gratuitas e não contam com nenhum tipo de apoio, seja do poder público ou da iniciativa privada. As aulas acontecem sempre às segundas e quartas-feiras, das 18h às 20h30, na Associação de Moradores da Nova Holanda.

Jocimar destaca alguns talentos do projeto, que já vão mostrando a vocação para o esporte. Uma dessas promessas é Thalita Ribeiro da Silva, de 18 anos, que está no projeto desde o começo. “Sempre gostei de esporte e de me manter sempre fazendo alguma atividade física. Meu contato com a capoeira, primeiramente, foi na educação física na escola. Com o tempo, fui crescendo e, por um imprevisto, o horário da capoeira na minha escola mudou e eu não pude mais frequentar. Contudo, quando estava voltando da escola com minha mãe, eu passei em frente a associação e vi que ali também tinha capoeira e comentei com ela. Desde desse dia me encontro treinando. Na época eu tinha oito anos de idade”, conta.

Thalita diz como o projeto tem contribuído na sua formação. “Ele me ajudou muito no meu desenvolvimento como pessoa. Aprendi a me comunicar melhor, me ajudou na parte física, me ajudou a ter mais responsabilidade e compromisso com o treino”, relata.

Outra aluna que ressalta os benefícios do projeto é Isamara Lopes da Silva, de 15 anos, moradora da Nova Esperança. “Entrei na capoeira aos seis anos e bem antes eu já tinha o interesse por conta do meu irmão, que já praticava. Isso me despertou a curiosidade de participar do projeto. Desde então, isso tem me ajudado em vários aspectos, mas principalmente a descobrir quem eu quero ser e o que fazer na sociedade. Me ajuda a ter responsabilidade com as crianças e paciência para ensinar o que eu aprendi”, conta a jovem atleta.

Caso queira conhecer mais sobre o Abada Capoeira ou ajudar, por meio de patrocínio e/ou apoio, basta entrar em contato com Jocimar através do telefone: (22) 99859-8893. Outra alternativa é comparecendo ao local nos dias e horários das aulas.