A primeira colocada foi a startup VM9, que conquistou o júri com proposta para gestão inteligente e integrada de demandas de planejamento, comunicação, predição e operação dos sistemas de transportes
Soluções para alguns dos grandes desafios da mobilidade urbana, em especial do transporte coletivo, foram apresentadas na sexta-feira (4/9), durante a final do 2º Desafio do COLETIVO, uma iniciativa do programa de inovação em mobilidade urbana criado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). A startup VM9, de Nova Friburgo (RJ), foi a primeira colocada da competição, com a Plataforma de Inteligência Geoestatística, que permite gestão inteligente e integrada de demandas de planejamento, comunicação, predição e operação dos sistemas de transportes. Na sequência, foram escolhidas a Axis Mobifintech, em segundo lugar, e a X4FARE, em terceiro. As três propostas mais votadas terão prioridade para serem pré-incubadas no Hub de Inovação do COLETIVO.
A VM9 propõe uma Plataforma de Inteligência Geoestatística potencializada pelo uso de inteligência artificial (IA), Big Data e Controle Estatístico de Processos (CEP), voltada à uma gestão inteligente e integrada de demandas dos sistemas de transportes. O projeto está direcionado para órgãos gestores da mobilidade, Centros de Operação e empresas de transporte urbano. De acordo com a plataforma, é possível que o gestor tenha informações estratégicas do sistema de transporte para o planejamento e tomada de decisão de gestores.
Na sua apresentação, o CEO da VM9, Marcos Marconi, explicou que a startup já está incubada no Centro de Operações do Rio de Janeiro e que a partir da pré-incubação no programa COLETIVO poderá avançar nas demandas do setor privado em paralelo com o setor público, “com foco no fortalecimento do transporte, na sua sustentabilidade, inovando na comunicação e na resiliência desse sistema”, destacou.
Soluções inteligentes
Segunda colocada neste Desafio, a Axis Mobfintech, startup de São Paulo, apresentou aos jurados uma solução de pagamento do sistema de transporte público que permite gerar novas receitas para o sistema. De acordo com Milton Silva, representante da startup, o projeto compreende o desenvolvimento de um aplicativo com cartão de débito atrelado por meio de QR Code. “Estão incluídas soluções para o pagamento de contas, recarga de celular e outras funções. Também permite monitoramento da frota”, informou Milton.
Segundo ele, o aplicativo foi pensado para se integrar a todos os tipos de modais de transporte – ônibus, patinetes, bicicletas e outros. A partir de então, a ferramenta desenha o melhor serviço para o usuário/gestor, de acordo com o custo benefício ao cidadão.
Em terceiro lugar na competição, a X4FARE, de São Paulo, também apresentou ao júri uma proposta que envolve soluções de pagamento do transporte público, por meio do PIX, sistema de pagamento instantâneo e de outras carteiras digitais ou qualquer meio (Vale-Transporte, estudante, EMV), com uma clearing financeira que se comunica via nuvem através de internet das coisas (IoT) embarcado no ônibus, de forma fácil, segura e com custos reduzidos. “Nosso papel é garantir a segurança e a rastreabilidade transacional desse processo. Por isso, trabalhamos com todos os protocolos e requisitos de segurança para tornar esse processo mais fácil, mais inteligente e mais barato”, frisou o CEO da startup, Rafael Volpato.
De modo geral, todas as concorrentes do 2º Desafio – Axis Mobfintech, Mobilicei, Plataforma, Trip Controls, VM9 e X4FARE – apresentaram soluções inovadoras para gargalos do transporte coletivo urbano no Brasil, com projetos que já estão em estágio mínimo de desenvolvimento, na forma de protótipo ou de MVP (Produto Mínimo Viável).
As finalistas tiveram cinco minutos para descrever as funcionalidades das propostas ao júri do COLETIVO, incluindo o público, que também votou por meio de formulário on-line. Os jurados Marcelo Bruto – Secretário de Desenvolvimento Urbano de Pernambuco; Luiz Carlos Branco, superintendente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP); Cristina Albuquerque, da WRI BRASIL; Edmundo Pinheiro, presidente do Conselho de Inovação da NTU; e Richele Cabral, diretora de mobilidade urbana da Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro – tiveram cinco minutos para questionar cada participante sobre os projetos apresentados.
O 4º, 5º e 6º lugares receberão certificado virtual de participação, e caso haja vaga, poderão iniciar o processo de pré-incubação do Programa COLETIVO.
Assista à gravação do evento na íntegra:
Sobre o COLETIVO
O programa de inovação surgiu para fomentar a evolução do transporte público coletivo, visando à mobilidade sustentável nas cidades, o desenvolvimento das pessoas e da qualidade de vida. Foi concebido para promover um ecossistema de inovação entre os principais públicos ligados à mobilidade urbana e, assim, desenvolver soluções inovadoras com foco no usuário do transporte coletivo urbano.