Sinpro Macaé e Região solicitou judicialmente a mediação das negociações junto ao Ministério Público do Trabalho
Nesta terça-feira, dia 9, os professores da Rede Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC) das cidades de Rio Bonito, Rio das Ostras e Quissamã decidem se entram ou não em greve. A assembleia virtual acontecerá às 10 horas e será feita por meio de um aplicativo. A decisão virá após os descontos irregulares feito pela instituição nos salários dos professores e da proposta de redução da hora-aula, que desrespeita o que está definido no Acordo Coletivo de Trabalho. Esta postura da CNEC acontece também em outras cidades do Brasil, que também lutam contra essas irregularidades. Na última semana, o Sindicato dos Professores das Escolas Particulares de Macaé e Região (Sinpro Macaé e Região) deu entrada no Ministério Público do Trabalho (MPT) de Cabo Frio, solicitando a mediação nas negociações.
De acordo com a presidente do Sinpro Macaé e Região, Guilhermina Rocha, os professores não podem ficar três meses seguidos com descontos arbitrários nos salários, sujeitos a pagar sozinhos a conta da crise sanitária. “Os professores das escolas particulares estão trabalhando, produzindo. Inclusive, as escolas anteciparam o calendário de provas para a próxima segunda-feira. Ou seja, os professores estão respeitando os alunos e a comunidade escolar, a CNEC não está respeitando os professores”, disse ao afirmar que os professores estão dispostos a negociar, mas não a abrir mão dos direitos conquistados.
Na última assembleia realizada no dia 6, os professores construíram uma contraproposta que será levada à instituição de ensino.
COMO PARTICIPAR – A assembleia virtual acontecerá por meio do Google Meet. Os/as professores/as deverão até o dia 09 de junho de 2020 (terça-feira), às 09 horas, e solicitar a sua inscrição para o e-mail sinpromacae.regiao@gmail.com, informando nome completo, CPF, identidade e telefone. Após confirmarmos os dados, enviaremos o LINK pessoal e intransferível para a participação.
PELO BRASIL – A insistência da Rede CNEC em colocar o ônus da crise financeira no professor acontece em vários estados. O Sinpro Minas, o Sinpro Norte (Sul), o Sinpro Rio e o Sinpro Itajaí seguem na luta. No caso de Minas Gerais, a assembleia decidiu, recentemente, pela greve. O Rio está em estado de greve e os outros locais em mobilizações. Nestes lugares, a postura de desrespeito da CNEC com os professores é a mesma: deixaram de fazer o pagamento integral dos salários nos meses de março e abril, além de impor a redução no valor das horas-aula. Em algumas cidades, a instituição chegou, a propor uma redução salarial de até 50% para alguns professores/as.