Depois de parte do telhado e das paredes caírem, Defesa Civil teria interditado o local. Moradores vivem a expectativa das obras voltarem e espaço ser inaugurado - Eu leitor, o repórter

Moradores relatam que foram informados que os trabalhos retomariam esse ano. Estrutura segue abandonada, com risco de desabamento, desde o final de 2017

Um direito que deveria ser para todos, mas que nem sempre é assim na prática. Quando se trata da saúde no Lagomar, bairro com mais de 35 mil habitantes, a situação tem gerado insatisfação por parte daqueles que vivem na região que não conta com a cobertura da rede pública.

Essa semana, moradores procuraram o jornal O DEBATE para relatar sobre o abandono das obras de construção da nova unidade situada em uma área na Avenida Dr. Sérgio Vieira de Mello (antiga W-5) esquina com a Avenida Hebe Camargo (antiga W-26).

As obras no local começaram há cerca de seis anos e até hoje não foram concluídas, pelo contrário, seguem abandonadas desde o final de 2017. “Segundo informações, parece que a gestão vai começar novamente a obra. Enquanto isso, continuamos sem a Estratégia de Saúde da Família nessa região (ESF)”, relata o morador André Carvalho.

Ele alerta sobre os riscos da construção, que está desabando. “Continua tudo do mesmo jeito, agora está até pior. Caiu parte do telhado e das paredes. Há um tempo o local foi interditado pela Defesa Civil por conta dos riscos”, conta André.

Enquanto isso, os cerca de quase 20 mil moradores que seriam beneficiados com a nova unidade seguem sem amparo. Segundo ele, a área ainda não atendida pela ESF tem inicio na Avenida Dr. Pery Gonçalves dos Santos (antiga W-24) até Avenida Nossa Senhora da Aparecida (antiga MPM).

“Eles sempre alegam que tem atendimento clínico na UPA e no ESF da W18, mas o pessoal acamado, idosos, doentes crônicos que moram aqui nessa área continuam sem cobertura. Como que fica?”, questiona.

Em fevereiro de 2018, a prefeitura explicou que havia encaminhado uma advertência à empreiteira responsável na época por conta da paralisação das obras. O processo por não cumprimento do contrato foi encaminhado, na ocasião, à Procuradoria Geral para tomar as providências cabíveis.

Dois anos depois, a nossa equipe volta a procurar o poder público essa semana para saber qual o andamento desse processo e se há algum prazo para início e até mesmo conclusão dessa obra.

Até o encerramento desta edição, a Secretaria de Comunicação não havia retornado a nossa solicitação. O jornal O DEBATE reforça que está com o espaço aberto para caso a prefeitura queira prestar os seus esclarecimentos à população.