O objetivo é realizar trabalho integrado com a Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal - Foto Rui Porto Filho Secom

No primeiro semestre de 2019, das 164.581 chamadas recebidas pelos operadores do serviço, 30.617 eram para atender ameaças contra mulheres

A Patrulha Maria da Penha-Guardiões da Vida, do 32º Batalhão de Polícia Militar de Macaé (BPM), foi lançada na manhã desta segunda-feira (9), na Praça Veríssimo de Melo, em parceria com a Rede de Proteção e Atendimento à Mulher. O evento contou com atividades como apresentação do grupo Grutas, do Núcleo de Educação Permanente da Secretaria de Saúde, aferição de pressão arterial, corte de cabelo, maquiagem artística, demonstração do Canil da Guarda Municipal, entre outras. Serão quatro policiais militares que vão trabalhar em conjunto com a Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal, que funciona há dois anos e meio.

A coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), Jane Roriz, explicou que os policiais militares receberam capacitação para monitorar as medidas protetivas, evitar reincidência e novos casos de violência contra a mulher.

“Os policiais militares atuarão em Macaé, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu, Quissamã, Rio das Ostras e Carapebus. O objetivo é realizar trabalho integrado com a Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal, que já existe há dois anos e meio”, destacou.
Segundo dados da Polícia Militar, as denúncias de violência doméstica, principalmente contra a mulher, lideram o ranking do acionamento ao número 190. No primeiro semestre de 2019, das 164.581 chamadas recebidas pelos operadores do serviço, 30.617 eram para atender ameaças contra mulheres.

A cabo Cristina Guimarães, do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que atuará na Patrulha Maria da Penha-Guardiões da Vida, assinalou que a capacitação foi fundamental para que ela pudesse ter mais embasamento e atuar nas ocorrências.

“A nossa capacitação foi em Campos e, além das técnicas de abordagem, o que me chamou mais a atenção foram as palestras ministradas pelos psicólogos e assistentes sociais.

Estamos atuando efetivamente há 15 dias e, infelizmente, já estamos acompanhando muitos casos tristes e, muitas vezes, a mulher tem dificuldade de expor o que passa com o companheiro. Mas, vendo a figura de uma policial do sexo feminino, elas se sentem com mais coragem de tomar alguma atitude”, contou a policial militar.