Os animais eram caçados em seu habitat e depois mantidos em cativeiro até serem comercializados em redes sociais
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (12) a ‘Operação Ecdise’, para desarticular uma quadrilha que praticava o tráfico ilícito de animais silvestres, retirados da natureza mediante caça e mantidos em cativeiros. Segundo a PF, os animais, espécies da fauna silvestre protegidas de extinção eram comercializados em redes sociais, tais como: aranhas, cobras, tucanos, papagaios e tartarugas.
Durante a operação, os agentes da Federal prenderam um suspeito na cidade de Cabo Frio e outro em Petrópolis, sendo ambos detidos em residências e apontados como integrantes da quadrilha. Policiais federais deram cumprimento a 16 mandados de busca e apreensão domiciliares e 14 mandados judiciais de prisões cautelares (9 prisões preventivas e 5 prisões temporárias), expedidos Vara Federal da Seção Judiciária de Macaé e Rio de Janeiro, mediante ação conjunta com o Ministério Público Federal.
De acordo com as investigações, os traficantes de animais os vendiam com notas fiscais falsificadas ou sem emissão de documento fiscal. Eles também os ofereciam à venda em redes sociais e sites na internet, assim agindo em todo o território nacional. Essa conduta é caracterizada como tráfico interestadual das cidades, São Paulo, Espírito Santo e Paraná.
Os animais eram mantidos em cativeiros e transportados em péssimas condições de higiene, configurando maus tratos. Além disso, expunham a perigo a vida ou a saúde, mediante a comercialização de animais silvestres retirados da natureza de forma ilícita, assumindo o risco de promover a transmissão de zoonoses.
A investigação criminal constatou os seguintes ilícitos penais: caça de animais silvestres; comercialização de animais silvestres; Crime Ambiental de Maus-tratos; Crime de Receptação qualificada; Crime de Perigo para a vida ou saúde; Crime de Associação criminosa; Crime de Falsificação de documento público; Crime de Falsificação de selo ou sinal público; Crime de Falsidade ideológica.
Os animais e os detidos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal de Macaé.