Estatal investe R$ 180 milhões em bônus de assinatura durante leilão de partilha da ANP

Ao conclamar o direito de ser operadora única em áreas de partilha e concessão de novos blocos de exploração e produção do petróleo nacional, a Petrobras garantiu participação no desenvolvimento de projetos na área Dois Irmãos, situada no pré-sal da Bacia de Campos, arrematada durante o leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizada na semana passada.

Junto com a Statoil e a BP Energy, duas gigantes do mercado offshore, a Petrobras garantirá a operação da área que gerou à ANP R$ 400 milhões em bônus de assinatura, projetando assim cerca de R$ 100 milhões em investimentos que irão beneficiar diretamente o mercado do petróleo local.

“A cada leilão percebemos o interesse das grandes operadoras em investir no mercado do petróleo nacional, que possui um potencial geológico fantástico, associado com a definição de regras de operação, através da discussão que levantamos sobre a agenda do petróleo”, apontou Gilson Coelho, gerente executivo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços do Petróleo (Abespetro).

A Petrobras reforçou o interesse de exercer o direito de preferência na partilha da área da Bacia de Campos, que corresponde ao bloco de Sudoeste de Tartaruga Verde, como operador e com o percentual de 30%.

“O posicionamento da Petrobras nas licitações de blocos exploratórios promovidas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está alinhado aos fundamentos do seu Plano Estratégico, que prevê a sustentabilidade da produção de óleo e gás, com a continuidade do fortalecimento do portfólio exploratório e atuação em parcerias”, apontou a companhia.

O prazo para os vencedores da rodada pagarem à União o valor do bônus de assinatura termina em 28 de setembro, conforme cronograma da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O valor do bônus é calculado com base na expectativa do mercado quanto ao potencial produtivo dos blocos disputados e ao grau de competição pela área na rodada de licitação.

A assinatura dos contratos de partilha de produção está prevista para ocorrer até o dia 30 de novembro.

No total, o governo federal estima arrecadar, este ano, R$ 22,7 bilhões em receitas provenientes de concessões e permissões.