A Petrobras, Equinor e a Repsol Sinopec anunciaram nesta segunda-feira (8/5) a decisão final de investimento no projeto do bloco exploratório BM-C-33, em águas profundas da Bacia de Campos. O projeto, onde está a descoberta de Pão de Açúcar, vai demandar US$ 9 bilhões em investimentos e extrair reservas de óleo e gás acima de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe).

Projeto, onde está a descoberta de Pão de Açúcar, tem capacidade de exportação de gás de 16 Mm3/d, o equivalente a 15% da demanda brasileira

A Petrobras, Equinor e a Repsol Sinopec anunciaram nesta segunda-feira (8/5) a decisão final de investimento no projeto do bloco exploratório BM-C-33, em águas profundas da Bacia de Campos. O projeto, onde está a descoberta de Pão de Açúcar, vai demandar US$ 9 bilhões em investimentos e extrair reservas de óleo e gás acima de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe). 

O FPSO que será contratado para Pão de Açúcar será projetado para produzir 16 milhões de m³/dia de gás natural e a ideia é interligar o futuro campo ao Terminal de Cabiúnas, em Macaé, região Norte do Rio de Janeiro. Esse volume pode representar 15% da demanda brasileira de gás na partida.

A Equinor opera a área do BM-C-33, onde tem 35% de participação, desde dezembro de 2016. A empresa tem como sócias no projeto a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%). O início da produção está previsto ocorrer em 2028.   Veja a ficha no projeto no final da matéria. 

“A decisão final de investimento do BM-C-33 é um marco importante para os parceiros e para a Equinor. Juntamente com os parceiros e fornecedores, desenvolvemos um projeto significativo que irá fornecer ao Brasil energia para satisfazer as suas crescentes necessidades energéticas e criar valor para os proprietários e para a sociedade, contribuindo para o desenvolvimento industrial local. O Brasil é uma das principais áreas da Equinor e o investimento no BM-C-33 enfatiza a importância estratégica do nosso portfólio brasileiro”, afirma Geir Tungesvik, vice-presidente executivo de Projetos da Equinor. 

“A Decisão Final de Investimento (FID) do BM-C-33 é um marco em nossa trajetória de 25 anos no país, reforçando o papel estratégico do Brasil nas atividades globais da Repsol e da Sinopec. O campo será uma importante fonte de gás para o mercado interno, ajudando a viabilizar uma transição ordenada para um futuro de baixas emissões. É o momento certo, para o projeto certo”, diz Alejandro Ponce, CEO da Repsol Sinopec.

No bloco foram realizadas três descobertas no pré-sal: Seat (2010), Gávea (2011) e uma grande descoberta de gás e condensado no prospecto Pão de Açúcar, anunciada em 2012, onde são estimados 1 bilhão de barris equivalentes.

Módulo inovador na plataforma

A produção em Pão de Açúcar, descoberta no BM-C-33, pré-sal da Bacia de Campos, e operada pela Equinor Brasil (35%), terá um sistema inédito de tratamento de gás natural instalado no topside da própria plataforma de produção.

Foi a solução encontrada para lidar com o grande potencial de produção de gás natural associado no ativo.

“Essa solução, de fazer o processamento do gás natural em cima da plataforma, é inédita e inovadora do ponto de vista tecnológico. E sua aplicação foi muito importante para dar robustez econômica para o nosso projeto”, explicou Verônica Coelho, presidente da Equinor Brasil, durante a gas week 2021

Ficha do projeto:

  • Parceiros: Equinor 35% (operadora), Repsol Sinopec Brasil 35%, Petrobras 30%
  • As descobertas foram feitas pela Repsol Sinopec em 2010
  • A Equinor tornou-se a operadora em 2016
  • O bloco está localizado no pré-sal da Bacia de Campos, no Brasil
  • A licença está localizada a aproximadamente 200 km da costa, em profundidades de água de até 2.900 m
  • Contém gás natural recuperável e óleo/condensado acima de 1 bilhão de boe
  • A capacidade de exportação de gás é de 16 Mm3/d. Pode representar 15% da demanda brasileira de gás na partida
  • A capacidade do FPSO é de aproximadamente 126.000 bpd
  • Produção prevista para 2028