Hélio Doyle, que liderou a EBC desde fevereiro, foi exonerado após a divulgação de um tweet antissemita do cartunista Carlos Latuff, em que apoiadores de Israel eram atacados.
A Comissão de Ética Pública decidiu, em sua última reunião do ano em 11 de dezembro, conceder quarentena remunerada a dois ex-servidores de alto escalão do governo federal: Hélio Doyle, ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e Ana Moser, ex-ministra dos Esportes.
Doyle, que liderou a EBC desde fevereiro, foi exonerado após a divulgação de um tweet antissemita do cartunista Carlos Latuff, em que apoiadores de Israel eram atacados. Com sua exoneração, ele terá direito a seis meses de salário, totalizando R$ 34.895,78 mensais.
Já Ana Moser, dispensada pelo presidente Lula (PT) em um movimento para dar mais espaço ao Centrão no governo, também foi agraciada com a quarentena remunerada, embora não tenha apresentado proposta de trabalho ao solicitar o benefício, conforme revelado por um documento obtido pela reportagem.
Essa medida, usualmente aplicada a ex-funcionários com acesso a informações privilegiadas, visa prevenir conflitos de interesse ao impedir que estes atuem no setor privado imediatamente após deixarem o serviço público, mantendo a remuneração governamental durante o período mesmo que os servidores já tenham deixado suas funções.