Muito mais que bilhões em investimentos, a firmação de um acordo técnico entre a Petrobras e uma gigante do petróleo Chinesa (CNPC) e a garantia de resgate dos grandes projetos para o desenvolvimento do mercado offshore nacional, a reativação do projeto do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) garante mais uma etapa do processo de superação das atividades offshore no país.
Na sequência da retração de negócios, ocasionada principalmente pela redução significativa de projetos focados na produção de novas reservas, as oportunidades para a prestação de serviços começam a surgir, mediante em nova estratégia, baseada na agenda do petróleo tocada pelas principais empresas do setor.
Com o Comperj, o Estado do Rio de Janeiro passa a contar com um novo sistema de refino de petróleo, permitindo assim que mais barris de óleo bruto possam ser produzidos nas reservas do pós-sal, que ainda contam com um alto potencial geológico, de acordo com a visão da própria indústria.
Neste caminho, abre-se uma nova perspectiva para empresas que acreditaram na retomada das atividades offshore, a partir da perspectiva da capacidade tecnológica e da expertise adquirida pela cadeia produtiva do petróleo local, ao longo dos últimos 20 anos.
Em se tratando de petróleo, não há como vislumbrar boas oportunidades para Macaé, diante de qualquer investimento que torne o mercado nacional mais competitivo e nivelado aos demais polos petrolíferos do mundo.
Com os leilões realizados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a retomada das obras do Comperj eleva ainda mais o interesse das grandes operadores offshore em atuarem no país. E quanto mais fácil e rápido a operação possa acontecer, mais emprego será gerado no país.
Com todo o sistema produtivo já consolidado, que permite não apenas a produção do petróleo, como também do gás natural, a Bacia de Campos segue no centro das estratégias de retomada do setor offshore. E quem ganha com isso é, sem sombra de dúvidas, Macaé.