Pavinatto, representando a família de Clezão, argumentou que o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelas investigações dos eventos de 8 de janeiro e por ordenar a prisão de 1,4 mil pessoas, cometeu três crimes em concurso formal

Em uma audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados nesta quarta (6), o advogado e comentarista político Tiago Pavinatto solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por desídia na morte de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão. Clezão faleceu no presídio da Papuda, e seu falecimento ocorreu mesmo com um pedido de soltura feito pela PGR.

Pavinatto, representando a família de Clezão, argumentou que o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelas investigações dos eventos de 8 de janeiro e por ordenar a prisão de 1,4 mil pessoas, cometeu três crimes em concurso formal. O advogado declarou que tais atos poderiam resultar em uma sentença de 10 a 31 anos de prisão para Moraes. 

Além disso, Pavinatto planeja apresentar um pedido de impeachment contra o ministro à Mesa Diretora da Câmara, apesar de admitir que o caso pode não levar à condenação de Moraes, citando um possível corporativismo como proteção.

Durante a audiência, Pavinatto expressou sua preocupação com o cenário político e jurídico do país, destacando a urgência da situação. “Ou a gente prende Alexandre de Moraes ou ele prende o Brasil”, afirmou.