Requerimento pede que a prefeitura se manifeste para informar se possui algum plano ou estudo para criar um novo espaço de sepultamentos
Na última quarta-feira (31), a Câmara Municipal de Macaé voltou a discutir um antigo problema para os moradores da Região Serrana: a superlotação dos cemitérios. Marvel Maillet (Rede), por meio de um requerimento, pede que a prefeitura se manifeste para informar se possui algum plano ou estudo para criar um novo espaço de sepultamentos. A iniciativa foi aprovada por unanimidade.
O vereador afirmou que, em recente visita aos distritos de Trapiche, Glicério, Córrego do Ouro e Frade, ouviu o mesmo tipo de cobrança. “Os moradores pedem mais atenção do governo, já que não há cemitério nem capela mortuária. Eles também precisam de um atendimento médico melhor. Faltam médicos, enfermeiros, ambulâncias e postos de saúde, por exemplo”, acrescentou.
Marvel disse ter conhecimento de que o Executivo possui vários terrenos inutilizados na região. “Será que não daria para construir um novo cemitério em alguma dessas áreas? Hoje, se uma pessoa vier a falecer na Serra, infelizmente não poderá ser enterrada e nem velada por lá”, lamentou.
Para Maxwell, esse é mais um caso de omissão do Executivo. “Neste ano, realizamos uma audiência pública em Glicério para discutir o problema. Mais uma vez, a prefeitura se mantém insensível, mesmo diante de uma situação tão triste. A nossa Região Serrana é um tesouro malcuidado.”
Moradora da região, Renata Paes (PSC) enfatizou que o problema vem desde o governo anterior. “Em Córrego do Ouro, por exemplo, não há espaço para enterrar ninguém. O dono do terreno que fica aos fundos do cemitério pede um valor muito alto para venda e a prefeitura não conseguiu um acordo até o momento. No Frade, haveria a desapropriação de um imóvel, mas o processo também parou.”
Renata seguiu reforçando as críticas ao governo. “Ele prometeu, em campanha, até construir um memorial. Os moradores ficaram na esperança, mas foi mentira. Quando morre um ente querido, o sofrimento é ainda maior, mas o prefeito lava as mãos”.
Outro ponto abordado por Valdemir da Silva Souza (PHS), o Val Barbeiro, é que muitas famílias acabam buscando igrejas para a realização de velórios, o que não é permitido. “Já apresentei diversos pedidos para que a prefeitura construa capelas mortuárias nos bairros”, lembra.
Luiz Fernando (PTC) disse que há quase uma década sugeriu ao governo parcerias para a implantação de capelas em conjunto com as sedes das associações de moradores. “Estamos falando de um momento de perda e dor. O prefeito conhece esses fatos e o descaso é enorme”, concluiu.