Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado assinaram o documento, que foi entregue ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná

O Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) emitiu um parecer favorável à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A ação, originada de denúncias feitas pelo PL e PT, acusa Moro de abuso de poder econômico em sua pré-campanha eleitoral de 2022. 

Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado assinaram o documento, que foi entregue ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) nesta quinta-feira (14).

A ação contra o senador Moro, unificada a partir de processos iniciados pelo PL e pela federação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdoB), aborda também alegações de uso indevido de meios de comunicação e potenciais indícios de corrupção na contratação do advogado Luís Felipe Cunha, eleito primeiro suplente de Moro. 

As acusações apontam para um uso excessivo de recursos financeiros antes do período eleitoral oficial, potencialmente influenciando o resultado das eleições para o Senado. O MPE-PR concorda com a cassação e inelegibilidade de Moro e Cunha, porém isenta Ricardo Augusto Guerra, segundo suplente.

O caso agora aguarda a decisão do juiz eleitoral Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo, prevista para janeiro. O julgamento no plenário do TRE-PR deve ocorrer até o final do mesmo mês. A defesa de Moro argumenta que os gastos na pré-campanha não afetaram os resultados das eleições de 2022, classificando a investigação como de natureza política. PL e PT buscam, além da cassação, a inelegibilidade de Moro por oito anos e uma nova eleição para a vaga no Senado.